Baixada Fluminense
Governo do Rio entrega projetos gratuitos de adequação habitacional para 155 moradias na Baixada Fluminense
Projeto Na Régua propõe soluções de engenharia e arquitetura para moradores de favelas em vulnerabilidade habitacionalO natal passou, mas os moradores de três favelas do município de Queimados – Morro da Paz, Vila Coimbra e Morro do Kisuco –, seguem ganhando presentes e receberam os projetos elaborados pela equipe de engenheiros e arquitetos do projeto Na Régua para a adequação das moradias em situação de insalubridade. Ao todo, 155 famílias foram beneficiadas.
Todas as propostas apresentadas puderam ser validadas pelas famílias beneficiadas, respeitando as necessidades de cada morador. Esse cuidado faz parte da metodologia do projeto, que busca alinhar as expectativas e desejos dos moradores ao processo técnico-científico.
O Na Régua integra o programa habitacional Casa da Gente, iniciativa do governo do Estado, por meio da subsecretaria de habitação da Secretaria de Infraestrutura e Obras, e visa corrigir as inadequações das moradias para a promoção de saúde, bem estar e conforto ambiental às famílias de áreas vulneráveis.
O levantamento sobre o perfil das residências e dos moradores, foi executado durante o primeiro Censo de Inadequação Habitacional da história do Rio de Janeiro, que entrevistou, em cooperação técnica com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1.190 famílias, nas três comunidades, a fim de conhecer profundamente, as condições sociais e de habitabilidade de cada uma das favelas.
Fabrine Correa Silva Cezar e Silva, moradora do Morro da Paz, celebra a iniciativa.
“Eu não teria condições de realizar a obra na minha casa e receber esse projeto é uma benção pra mim e minha família. Estou muito feliz com tudo o que foi proposto porque era o que eu estava precisando”, afirmou.
Presente em 22 favelas e assentamentos precários da região metropolitana, a equipe técnica do Na Régua elaborou, até o momento, 2.329 projetos de assistência técnica e 300 melhorias habitacionais, modalidade em que o Estado custeia a reforma, já estão em fase de licitação. Para o próximo ano, está prevista a expansão do projeto para mais sete territórios e o início das melhorias habitacionais de mais de 5 mil casas nas favelas.
O subsecretário de Habitação, doutorando em Direito da Cidade pela UERJ e idealizador do projeto, Allan Borges, reforça que o objetivo das intervenções é promover a melhoria da qualidade de vida dos moradores e contribuir para a redução das desigualdades sociais.
“Nosso objetivo é mudar a realidade de exceção e oferecer à população pobre a oportunidade de desfrutar de uma moradia sanitariamente adequada e ambientalmente confortável. Por isso, desenvolvemos propostas que contribuam para a saúde e bem estar dos moradores, driblando os achismos e promovendo, de fato, ações de interesse social para avançarmos contra as desigualdades”, finalizou o subsecretário.