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Governo do RJ e Associação Brasileira de Energia Nuclear assinam acordo

Parceria da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar visa a melhoria do ambiente de negócios e da energética.

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Governo do RJ e Associação Brasileira de Energia Nuclear assinam memorando para impulsionar o setor
Governo do RJ e Associação Brasileira de Energia Nuclear assinam memorando para impulsionar o setor (Foto: Divulgação)

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Energia e Economia do Mar (Seenemar), e a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) assinaram, nesta segunda-feira (23), um Memorando de Entendimento para ratificar o compromisso de promover o desenvolvimento, o acompanhamento e a identificação das demandas do setor de energia nuclear. O acordo prevê a troca de informações que viabilizem a melhoria do ambiente de negócios e de oferta energética.

“O Estado do Rio de Janeiro é o único representante nacional de geração de energia nuclear e esse diferencial deve ser apoiado e valorizado. Ações integradas entre o governo e o setor são imprescindíveis para o desenvolvimento desse segmento e também para o processo de descarbonização da economia”, afirma o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal.

A assinatura do Memorando de Entendimento reuniu, no salão nobre do Palácio Guanabara, as principais autoridades do hub de energia nuclear do estado, como o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), John Forman, que assinou o termo junto com o secretário Hugo Leal, o presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, e o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Francisco Rondinelli Júnior, entre outros executivos do setor.

“O Brasil é um dos únicos países do mundo, ao lado da China e da Rússia, que têm urânio, que têm o ciclo do combustível, conhecem e dominam a tecnologia para produzi-lo, e têm usinas nucleares. O Brasil tem uma condição ímpar”, afirmou Forman durante o evento.

A energia nuclear tem papel estratégico para o país e para o Rio de Janeiro, único estado da federação com geração nuclear, por meio das usinas de Angra I e Angra II. Hoje, a produção nuclear responde por 20% da matriz energética estadual, percentual que será ampliado com a conclusão de Angra III.

Importante destacar que a energia nuclear é fonte de energia limpa e firme, ou seja, de fornecimento regular e contínuo, não dependendo de fatores naturais como o vento, o sol ou a chuva para ser produzida, e não emite gases poluentes. Por essas características, é de fundamental importância para a transição energética, garantindo a segurança necessária para uma economia descarbonizada. À medida que o sistema passa a contar com maior percentual de energia solar e eólica, é necessário ter geração de energia firme, como a produzida nas usinas nucleares, para evitar flutuações de geração.

Além das usinas de Angra I, Angra II e Angra III, esta em fase de construção, o Estado do Rio de Janeiro sedia as empresas Eletronuclear, Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (NUCLEP), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e dois institutos de pesquisa a ela vinculados (Instituto de Engenharia Nuclear – IEN e Instituto de Radioproteção e Dosimetria – IRD), a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM). Abria ainda os estaleiros e a Base Naval que constituem a infraestrutura industrial de apoio ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), além de empresas privadas que atuam no setor.

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