O julgamento do habeas corpus dos nove militares acusados do fuzilamento do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo foi interrompido pelo Superior Tribunal Militar, nesta quarta-feira. Quatro ministros votaram pela soltura dos militares. Apenas a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha votou contra a liberdade dos acusados. Ela revelou, durante o julgamento, que o tenente Ítalo Romualdo, que comandava a tropa, atirou mais de 70 vezes na ação. O processo deve voltar ao plenário na semana que vem, já que o ministro José Barroso Filho pediu vista do documento. O habeas corpus foi pedido pelo advogado dos agentes, Paulo Henrique Pinto de Mello. Durante a audiência, ele afirmou que a prisão foi construída pela mídia:
Os militares foram presos no dia seguinte ao assassinato de Evaldo, de 51 anos, em flagrante por descumprimento das regras de engajamento. Evaldo morreu com nove tiros de fuzil disparados por militares do Exército, no dia 7 de abril, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. O carro do músico foi atingido por 80 tiros. Além de Evaldo, estavam no automóvel a esposa dele, o filho de sete anos idade, uma amiga da família e o sogro, que se dirigiam a um chá de bebê.
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