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Rio

Inea resgata serpente rara em residência na Região Serrana Fluminense

Espécie foi registrada pela primeira vez pela Área de Proteção Ambiental Estadual de Macaé de Cima

Publicado

em

Alberto Iezze e Camila Becker
Inea resgata serpente rara em residência na Região Serrana Fluminense

Uma equipe de guarda-parques da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual Macaé de Cima, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizou no último dia 4 de janeiro, o resgate de uma cotiara (Bothrops fonsecai) em Nova Friburgo, na Região Serrana Fluminense.

A espécie rara ainda não tinha sido registrada pela APA e foi encontrada em uma residência no centro de Lumiar, através da denúncia de moradores. “Ações como essa ressaltam a importância da colaboração da população para que o nosso trabalho de conservação da fauna fluminense aconteça de forma bem-sucedida”, afirmou o presidente do Inea, Philipe Campello. 

No último dia 6 de janeiro, após análise dos especialistas e constatação do bem-estar do animal, a equipe de guarda-parques realizou a soltura da serpente no Refúgio Ecológico Amadamata – propriedade inserida em uma zona de preservação da APA, em Macaé de Cima.

A espécie, popularmente conhecida como cotiara ou urutu, é endêmica da região sudeste do Brasil, registrada apenas nos estados Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Sua distribuição geográfica é restrita às regiões montanhosas de Mata Atlântica, de cerca de dois mil metros de altitude. As chuvas recentes são uma das possibilidades apontadas para o encontro do animal em regiões inesperadas, como residências locais.

É importante ressaltar que ferir animais silvestres constitui crime contra a fauna. Ao encontrá-los em ambientes públicos, não se aproxime e acione a equipe da unidade de conservação mais próxima ou o Corpo de Bombeiros.

Com o apoio do Instituto CiênciasBio, responsável pela realização de pesquisas sobre répteis e anfíbios na região, e do médico veterinário Sérgio Bonadiman, a ação contou ainda com a coleta de sangue e escamas do animal, a fim de identificar alterações e distúrbios que afetam o tecido sanguíneo, como anemias, infecções e inflamações.

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