São 22 anos na mesma cozinha. Mais de duas décadas perfumando os corredores do Colégio Estadual Pedro II (Cenip), na Região Serrana, com o cheirinho das suas receitas. Evanilda Gonçalves dos Santos, ou apenas Dona Eva, como gosta de ser chamada, tem 70 anos, e sempre foi uma cozinheira de mão cheia. Na infância já cozinhava. Ainda menina, aos 11 anos, foi trabalhar em casas de família.
“Sempre gostei de cozinhar. Aprendi com a minha mãe que foi uma grande cozinheira. Além dela, todas as minhas irmãs eram boas no fogão. Fui cedo trabalhar fora porque tinha que ajudar nas contas de casa. E foi muito bom para mim. Sou o que sou hoje porque aprendi cedo”, conta Dona Eva, uma das centenas de profissionais do ramo do estado, que têm o dia 30 deste mês dedicado à categoria.
No colégio ela é querida pelos alunos que aguardam ansiosos pela hora do recreio. Hora de degustar as delícias da Dona Eva, a merendeira mais antiga da escola.
“Amo o ensopadinho com batatas cozidas e o strogonoff da Dona Eva. É uma delícia. Além disso, ela é uma tiazinha muito fofa, tenho vontade de apertar ela toda hora”, conta Rayanne Moreira dos Santos, de 17 anos, aluna do 1°ano.
“Ela cozinha com amor e carinho e isso a gente sente quando come os pratos que ela faz. O amor que ela põe na comida é tempero mais gostoso! O macarrão à bolonhesa que ela faz é imbatível”, reforça Izabelle de Oliveira, de 16 anos, aluna do 1º ano.
A idosa nunca mais esqueceu o dia que se apresentou para trabalhar na escola. Na época, passava pela porta da instituição e decidiu entrar para pedir uma oportunidade, que lhe foi dada, mas não ainda na cozinha.
“Comecei aqui como auxiliar de serviços gerais. Somente depois, com a saída de uma merendeira, eu me apresentei para cozinhar para os alunos. E foi assim. Acho que gostaram tanto da minha comida que nunca mais saí dessa cozinha”, diz, orgulhosa.
O colégio é a vida da Dona Eva. Mas apesar da dedicada merendeira passar horas do seu dia dentro de um ambiente escolar, quando criança não teve oportunidade de estudar. Cursou só até a quarta série do antigo Ensino Fundamental, mas diz que sonha em voltar às salas de aula porque pretende cursar faculdade de gastronomia.
“Vou voltar para a escola, quero terminar meus estudos e futuramente fazer minha faculdade. Sonhos não têm prazo de validade e eu vou conseguir realizar os meus”, garante Dona Eva.
Graças a profissionais como Dona Eva, os alunos recebem uma alimentação saudável, de qualidade, contribuindo para o seu crescimento e aprendizado.
Terreno da escola que completa 100 anos foi doado por Princesa Isabel
O Colégio Estadual Pedro II (Cenip) é o resultado da fusão de três colégios: o Grupo Escolar D. Pedro II; o Colégio Estadual Washington Luís e o Instituto de Educação Presidente Kennedy. A unidade foi construída no início do século XX em terreno cedido pela Princesa Isabel. Atualmente, o colégio é um dos mais importantes do estado.
A instituição foi construída conforme projeto do Arquiteto Heitor de Mello, em terras do antigo Palácio Imperial de Petrópolis, com 50 m de frente e 160 m de fundos.
A construção chama atenção por conta de suas linhas arquitetônicas, voltadas para o neocolonial, estilo que passou a ser adotado com mais frequência a partir daquela época. A escola foi inaugurada em 26 de novembro de 1922.
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