Mesmo com manifestações nas estradas, Ceasa/Rj não corre risco de desabastecimento

Três dias depois do incêndio de grandes proporções que destruiu cinco lojas da Ceasa, em Irajá, na Zona Norte do Rio, a direção do local informou que a Ceasa está funcionando normalmente nesta quinta-feira (3) e não há risco de desabastecimento, mesmo com manifestações de bolsonaristas na rodovias federais do país.

Segundo a Ceasa, porém, foi registrado um movimento abaixo da média no entreposto comercial de Irajá. A redução já era esperada por ser um dia depois do feriado de Finados e por conta do mau tempo de quarta-feira (2). Muitos produtos vêm do interior e as chuvas dificultam bastante

De acordo com dados da portaria de acesso Norte, pela Avenida Brasil, até as 8h da manhã de hoje, 395 caminhões deram entrada no entreposto (208 carregados e 187 vazios). Na quinta-feira da semana passada (27), foram 706 entradas (614 carregados e 92 vazios).

A presidente da Ceasa/RJ, Bianca de Carvalho, destaca que a tendência é de normalização. “A Ceasa está funcionando normalmente hoje. Estamos abastecidos. As pessoas podem vir comprar com tranquilidade. Reforçamos que não há desabastecimento”, disse.

Manifestações pelo Brasil

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, às 6h desta quinta-feira (3), que 73 rodovias federais do país apresentavam pontos de bloqueio, realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, contrários ao resultado das eleições.

O total é menor que o registrado no início da manhã de quarta (2), quando eram 167 pontos de retenção.

O estado com o maior número de interdições é o Mato Grosso, na região Centro-oeste, que registra 27 trechos em rodovias ocupados por manifestantes.

Por outro lado, o Distrito Federal e 15 estados não têm registro de ocorrências nesta quinta-feira, como por exemplo o Rio de Janeiro, cujas rodovias, segundo a PRF, foram totalmente liberadas

O incêndio

Nesta segunda-feira (31), 18 quartéis do Corpo de Bombeiros atuaram na Ceasa para conter o incêndio, que se estendeu até a terça-feira (1º). As chamas provocaram uma grande confusão no local, que foi alvo de saques em massa.

Por se tratar de uma loja de bebidas alcóolicas, a São Miguel Arcanjo foi uma das mais atingidas. Um trator chegou a ser utilizado para recolher todos os produtos perdidos pelas chamas.