Moradores do Abrigo Cristo Redentor visitam o Parque Bondinho Pão de Açúcar

Esta quarta-feira (25) foi um dia diferente e muito divertido para um grupo de moradores do Abrigo Cristo Redentor. Eles foram visitar um dos principais pontos turísticos não só do Rio de Janeiro, mas do Brasil: o Parque Bondinho Pão de Açúcar, localizado na Urca, Zona Sul da capital. A ação foi desenvolvida a partir de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, responsável pelo abrigo, e o próprio Parque.

Do alto do morro, Gustavo Lobo, de 78 anos, pôde matar um pouco a saudade da infância. Lá de cima, conseguiu ver o prédio em que morava.

“Olha ali, é a Praia de Botafogo. Tem aquele prédio grande, da Coca-Cola, tá vendo? Eu morava ali naquela esquina, aquele prédio menorzinho ali perto. E repara o Cristo Redentor no morro atrás. Era muito bonito ver o monumento da janela de casa. Depois me mudei pra Ilha do Governador, mas tenho ótimas memórias de Botafogo”, contou, com os olhos brilhando, enquanto apontava na direção do edifício.

Já Valéria Gonçalves, de 64 anos, nunca tinha ido ao Parque Bondinho Pão de Açúcar. Ela ficou surpresa com a grandeza do local.

“Sempre vi as pessoas falando sobre o Pão de Açúcar, e achava que era algo comum. Mas aqui, ao vivo, fiquei surpresa. É muito grande, estou encantada! Poder sair do abrigo de vez em quando pra participar da vida da cidade é algo que renova nossas energias”, revelou.

Atividades como essa fazem parte do projeto Cultura do Pertencimento, da Secretaria, que visa fazer com que pessoas em situação de vulnerabilidade se sintam integradas à sociedade. Foi também um evento voltado às celebrações do mês da pessoa idosa.

“Queremos criar cada vez mais oportunidades como essa para os nossos assistidos. Acreditamos na importância da integração e inserção social como ferramenta de inclusão e de desenvolvimento”, destacou a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado, Rosangela Gomes.

Funcionários do Abrigo também se mobilizaram para que tudo saísse conforme o planejado. Eles, que convivem diariamente com as pessoas idosas, sabem a importância do momento para eles, em todos os aspectos.

“Esse tipo de ação, tirar eles do abrigo e levar a pontos de lazer é cultura, faz muito bem aos nossos abrigados. Não significa apenas ir e ver as belezas naturais, é uma atividade que trabalha a mente deles, a capacidade cognitiva”, disse Cristiane de Araújo, assistente de direção do Abrigo.

E os abrigados já estão ansiosos pelo próximo passeio. Valéria já sabe onde quer ir.

“Olha quantos barcos lá embaixo, no mar. Tomara que o nosso próximo passeio seja de barco!” concluiu, aos risos.