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Capital Fluminense

MP denuncia homem que matou filha e cunhada na Zona Oeste

Ministério Público entendeu que como os crimes foram praticados contra mulheres, por serem mulheres, ficou claro o crime de feminicídio

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Crime teria sido motivado porque Davi não aceitava o término do relacionamento de nove anos com a mãe de Luiza [Foto: Reprodução]

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou David de Souza Miranda pelo assassinato da própria filha, da cunhada e da sobrinha, em Senador Camará, na Zona Oeste.

No dia 22 de setembro, David matou a própria filha, Luiza Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, e Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4 anos, prima de Luiza. Elas foram atingidas por marteladas, assim como a mãe de Ana Beatriz, Natasha Maria Gonçalves de Albuquerque, que também teve o corpo incendiado. Ela morreu depois de passar 17 dias internada no Hospital Municipal Albert Schweitzer.

David foi preso horas depois do crime.

Segundo a denúncia do MP, as duas crianças sofreram hemorragia, fratura e traumatismo craniano por conta das agressões.

Para o Ministério Público, a maneira que os crimes foram praticados impossibilitaram a defesa das vítimas, e de acordo com a denúncia, David também manteve sua outra filha, de 13 anos de idade, presa em outro cômodo da casa, ouvindo tudo o que acontecia.

Antes de colocar fogo na casa, ele disse para a adolescente descer, e a levou de carro até a casa da ex-companheira, Nayla Maria da Silva Gonçalves de Albuquerque. David foi preso nesse mesmo dia, na Tijuca, Zona Norte do Rio.  

De acordo com o MP, os crimes foram praticados contra mulheres, em razão da condição do sexo feminino, tendo em vista o ciclo de violência doméstica que envolvia toda a família. Desta maneira, ficaria configurado o crime de feminicídio.

Ainda para o Ministério Público, ficou claro que os homicídios foram praticados por motivo torpe, por vingança e que o denunciado teve o intuito de causar sofrimento à ex-companheira, que havia solicitado judicialmente medidas protetivas de urgência. No dia dos crimes, Natasha havia levado Luiza para uma visita ao pai.

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