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Capital Fluminense

Mulher trans denuncia ter sido vítima de transfobia no Cardoso Fontes

Tiffany Menezes relata ter sido abordada por uma enfermeira da unidade que a perguntou o que fazia no banheiro feminino

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Entrada do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá
Hospital Federal Cardoso Fontes (Foto: Reprodução)

A transexual Tiffany Menezes acusa ter sido vítima de um caso de transfobia, cometido por uma enfermeira do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá. O caso aconteceu no dia 29 de setembro.

Segundo Tiffany, naquele dia ela acompanhava o avô no Hospital e, quando estava em um banheiro feminino da unidade, quando foi abordada por Rosângela Antunes, enfermeira do hospital.

Tiffany relata que a enfermeira lhe pediu que a acompanhasse até uma enfermaria desativada para que pudessem conversar.

No local, segundo Tiffany, a enfermeira teria perguntado: “O que você é?”. Sem entender a pergunta, ela questionou a enfermeira a que ela se referia, no que foi respondida com uma pergunta de se a lei permitia que ela utilizasse o banheiro feminino. Por conta da pergunta, Tiffany sentiu estar vítima de transfobia e começou a gravar a situação. A vítima relata que ao perceber, estar sendo filmada, a enfermeira mudou o comportamento, tentando se mostrar compreensiva.

A conversa se desenrola até que as duas vão para o corredor, onde, segundo Tiffany, maqueiros do hospital passavam rindo e falando sobre o “kit”, que seria um termo usado discriminatório para se referir à homossexuais e transexuais.

Tiffany registrou o caso na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI).

Por meio de nota, a direção Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF) informou que não compactua com qualquer tipo de discriminação e que, em momento algum, foi notificada sobre o ocorrido. O caso será encaminhado para a Comissão de Ética de Enfermagem da unidade, supervisionada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (COREN/RJ), para esclarecimento dos fatos.

O Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (DGH MS/RJ), que faz a gestão dos seis Hospitais Federais, também repudia, veementemente, qualquer tipo de discriminação.

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