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Rio

Polícia destaca atuação de Espiãs do crime

Carolina Teixeira da Silva e Keley Cristina dos Santos foram presas por espionar PMs e repassar informações para traficantes

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Mulheres são presas acusadas de monitorar policiais do BOPE
Polícia destaca atuação de 'Espiãs do crime'

As duas criminosas presas, nesta terça-feira (21), por espionar o Batalhão de Operações Especiais (Bope) alugaram imóveis e utilizavam câmeras instaladas em frente ao BOPE, em Laranjeiras, e ao Batalhão de Choque, no Centro do Rio, para monitorar os agentes. O delegado, Hilton Alonso, titular da delegacia de Bonsucesso, afirmou durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta (22) que uma das detidas, Carolina Teixeira da Silva é o centro das investigações. “Tudo leva ao círculo da Carolina e os telefones demonstram a troca de mensagens durante o fato”, informou Hilton Alonso.

Ainda de acordo com o delegado, os agentes já apuraram que a dupla faz parte de uma organização criminosa que vem acompanhando as operações policiais há muito tempo.

A outra mulher presa é Keley Cristina dos Santos. Elas foram descobertas quando viaturas do Bope saiam pra uma operação na Favela de Manguinhos e perceberam que estavam sendo seguidas por um carro.

As duas foram detidas em um veículo no momento em que acompanhavam viaturas do BOPE. Com as mulheres, os policiais apreenderam seis celulares, com registros de comunicação tanto para traficantes quanto para milicianos.

“Nós já lidávamos com essa possibilidade de que nossas tropas de Operações Especiais estivessem sendo monitoradas dado os resultados de algumas operações que nós iniciamos. Os setores de inteligência começaram a adotar contra-medidas para que pudéssemos coibir esse monitoramento e nós tivemos esse resultado positivo com a prisão dessas duas mulheres”, destacou o porta-voz da Polícia Militar, o Tenente Coronel Ivan Blaz.

“Já lidamos com a possibilidade real de que a saída do Batalhão do Choque, a saída do BOPE e também quando uma aeronave do GAM [Grupamento Aeromóvel] levanta voo, as quadrilhas já possam estar se comunicando para esse monitoramento. Precisamos estar muito atentos para isso. A Polícia Civil e a Polícia Militar estão conduzindo as investigações”, concluiu Blaz.

Após a prisão dessas duas mulheres, um terceiro suspeito também foi detido suspeito de participar da quadrilha.

“Uma testemunha que trabalha nas imediações do Choque reconheceu uma das mulheres presas na ação, como alguém que mantinha um negócio de fachada no local para ter acesso aos dados coletados pela câmera. A câmera foi apreendida e encaminhada para a 21ª DP (Bonsucesso) onde a ocorrência foi registrada”, informou a Polícia Militar por meio de nota.

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