Sabatina Super Rádio Tupi: ‘Eu estava errado’ diz Freixo sobre a legalização das drogas

O candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, (PSB), participou nesta quarta-feira (21), de uma sabatina nos estúdios da Super Rádio Tupi.

A entrevista aconteceu durante o programa “Isabele Benito”, que fez perguntas e questionamentos ao candidato:

Freixo justificou sua mudança de posição em relação à legalização das drogas. “É verdade, eu mudei sim de opinião e mudei de opinião à partir da possibilidade de ouvir as pessoas. O Rio de Janeiro piorou demais, é muita arma é muita droga é muita violência e isso está acontecendo em todos os lugares não só da cidade no Rio, mas em de toda região metropolitana. Eu estava errado e não há problema em mudar de opinião nesse sentido.”
O candidato mantinha uma posição histórica em seu antigo partido, o PSOL, quando era a favor da liberação das drogas.

Seguindo com o programa, Marcelo Freixo aproveitou para falar sobre o abandono do arco metropolitano: “Vou dar uma grande atenção ao Arco Metropolitano, e garantir policiamento ostensivo, recuperação das estradas e iluminação.”

Com relação aos trens: “A Super Via é o maior desafio é vai ter um grande investimento no meu governo, hoje o transporte piorou é caro e inseguro e é evidente que o investimento que precisa fazer na Super Via vai precisar da ajuda do governo federal. Mas o governo vai ter credibilidade, vai ser um governo honesto que vai chamar a concessão e vai conversar sobre o contrato. O governo vai cumprir sua parte e vocês vão cumprir a sua. Vamos recuperar as estações, fazer as estações terem banheiros para tratar as pessoas com respeito.”

Na cultura Freixo falou sobre o investimento em artistas de outras regiões do estado: “A cultura não é só um espetáculo, a cultura tem que chegar no interior, tem que distribuir mais. A cultura é um elemento de desenvolvimento.”

Sobre a geração de emprego: “80% da população vive na região metropolitana,  trabalha na capital e o interior é esquecido. O interior tem sérios problemas de estrutura, em estradas e em segurança, nós vamos investir nessas regiões para levar as industrias para essas cidades.”

Na área da saúde: “Ele defendeu mudar o sistema que regula as filas para atendimento nos hospitais, a fim de diminuir as filas.”

Sobre a educação Freixo falou sobre recuperar escolas: “Sou filho da escola pública e o que a gente vive hoje na educação em nosso estado é uma grave crise. Eu quero recuperar os “Brizolões” e um dos meus primeiros projetos é colocar alunos que estão nas universidades pagando uma bolsa no valor de R$ 600 para dar aulas com o projeto “explicador universitário” aos alunos das escolas públicas.

Na segurança pública: “Eu tenho respeito muito grande pela policia.
No meu governa haverá operação policial, vai ter operação sim, mas com treinamento, com controle, com fiscalização, com a policia capaz de combater o crime e ao mesmo tempo respeitando a população. Segurança pública são dois braços, um braço colocando bandido na cadeia e outro braço é investimento social nas áreas pobres dominadas por bandidos.”

Freixo falou ainda sobre o combate ao tráfico de drogas: “Tem que retomar o território e valorizar o sistema penal, temos que mudar o sistema penitenciário temos que investir nas três policias porque essas facções surgem ali dentro do cárcere.”

Antes de finalizar a sabatina o candidato agradeceu a oportunidade. “Obrigado Isabele, obrigado a Tupi é um prazer estar aqui. O meu governo será um governo de muito trabalho e de muita honestidade. O meu governo será o governo da educação. O futuro de nossas crianças vai ser um tempo melhor.” Finalizou

Marcelo Ribeiro Freixo, tem 55 anos e nasceu em São Gonçalo. É um professor e atualmente deputado federal pelo Rio de Janeiro. Freixo foi eleito deputado estadual por três mandatos consecutivos e presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

Em 2008, Marcelo Freixo presidiu a CPI das Milícias, que indiciou 225 pessoas, entre policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários. Ele afirmou, no entanto, que mantém uma “ótima” relação com a “boa polícia”.