Rio

Setembro Verde: INTO atinge marca de 1.500 captações de tecidos

No mês em que se ressalta a importância da doação de órgãos e tecidos – o Setembro Verde -, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) atinge a marca de 1.500 captações de tecidos musculoesqueléticos, que incluem ossos, tendões, meniscos e cartilagens. O Instituto prevê ainda um recorde na captação de globos oculares e estima que, até o fim do ano, este número – um total de 332 até agora – seja o maior desde a inauguração do Banco de Olhos, em 2013.

De janeiro a agosto deste ano, houve 215 captações de tecidos, entre córneas, pele e tecidos musculoesqueléticos, o que sinalizou aumento de 44% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Em 2022, o banco foi o segundo maior distribuidor de tecidos para a realização de cirurgias ortopédicas no Brasil: mais de 43% dos transplantes de tecido musculoesquelético foram feitos com ossos, tendões e outros tecidos disponibilizados pelo INTO.

Na avaliação de Prinz, apesar do aumento expressivo, a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos continua sendo fundamental, já que o índice de recusa familiar ainda é grande. Dados do Registro Brasileiro de Transplantes mostram que, no primeiro semestre de 2023, 33% das famílias de potenciais doadores notificados no estado do Rio de Janeiro não autorizaram a doação. No Brasil, o número chegou a 49%.

“É a família que vai autorizar a doação, por isso é muito importante que a pessoa comunique ainda em vida aos familiares o seu desejo de ser um doador”, conclui o especialista.

Graças ao tecido musculoesquelético disponibilizado pelo Banco de Multitecidos do INTO, o jovem Isaac Bertolino, de 18 anos, já consegue praticar seu hobby favorito: jogar bola com os amigos. O estudante foi submetido a um transplante que evitou a amputação da perna.

Em 2019, após sentir fortes dores e notar um inchaço no tornozelo direito, Isaac foi diagnosticado com osteossarcoma. Este é o tipo mais comum de tumor ósseo maligno primário e atinge com mais frequência crianças, adolescentes e jovens adultos.

“Eu tinha acabado de perder um amigo da minha turma, com a mesma idade, para o câncer, acompanhei tudo de perto, mas quando foi a minha vez a ficha demorou a cair”, conta o menino.

Na época, a notícia da doença veio acompanhada de outra preocupação: o risco de amputação da perna. “Era tudo muito novo, estávamos enfrentando algo que a gente não sabia lidar e ouvir que a solução seria amputar nos assustou ainda mais”, relata a mãe de Isaac.

Por meio de um transplante ósseo, que substitui os ossos doentes por ossos saudáveis de doadores, o estudante teve a chance de permanecer com a mobilidade dos membros inferiores. O osso utilizado na cirurgia – a parte inferior de uma tíbia – estava armazenado no Banco de Multitecidos do INTO.

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