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Rio

Super-heróis contra o Racismo: Professores lançam mão de Pantera Negra e Morales para discutir preconceito nas escolas

Ideia, com as palestras, é fazer uma reflexão e analisar como a ausência de personagens negros e negras impulsionam o racismo na sociedade

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Super-heróis contra o Racismo: Professores lançam mão de Pantera Negra e Morales para discutir preconceito nas escolas (Foto: Jean Barreto/ Divulgação: Seeduc)
Super-heróis contra o Racismo: Professores lançam mão de Pantera Negra e Morales para discutir preconceito nas escolas (Foto: Jean Barreto/ Divulgação: Seeduc)

Quantos super-heróis negros você conhece? Jovana Purcena Santiago, de 16 anos, aluna da 1ª série do ensino médio, é fã do Pantera Negra e se espelha na força do personagem para conquistar seu sonho de ser pedagoga.

Ao lado de outros estudantes, participou recentemente da palestra “Negritude, Poderes e Heroísmo – Estudos sobre Representações e Imaginários nas Histórias em Quadrinhos”, no Colégio Estadual Júlia Kubitschek, Centro do Rio.

“Uma vez, em um shopping, me perguntaram se estava perdida, pois não acreditavam que eu poderia estar lá ao lado da minha tia, que é branca. Acho que usar as histórias em quadrinhos para falar do racismo é muita boa, diferente”, diz a jovem.

A ideia, com as palestras, é fazer uma reflexão e analisar como a ausência de personagens negros e negras impulsionam o racismo na sociedade. Por isso, professores da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ) vêm debatendo com alunos as aventuras do Pantera Negra, Mille Morales, Tempestade, Falcão, Black Lightning entre outros.

Estes personagens desfilam pelas páginas do livro “Negritude, Poderes e Heroísmo – Estudos sobre Representações e Imaginários nas Histórias em Quadrinhos” e embalam as discussões sobre diversidade e inclusão social nas salas de aulas.

“Esta obra é mais um recurso para quem quer se aprofundar em temas que envolvem a construção de uma educação antirracista. A partir da análise dos super-heróis negros, podemos desenvolver um olhar crítico sobre a sociedade. O Pantera Negra, por exemplo, criado no continente africano, precisou estudar na Europa para ter seu conhecimento validado”, explica Fernanda Pereira, professora há 15 anos na rede estadual de ensino.

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