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Norte Fluminense

Suspeito de integrar empresa investigada por “pirâmide financeira” é preso em Campos dos Goytacazes

De acordo com as investigações, a quadrilha fez mais de 40 vítimas desde 2016, por meio da A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, com promessas de retorno financeiro até 30% ao mês em relação ao dinheiro aplicado

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Criptomoedas
Criptomoeda (Foto: Reprodução)

Agentes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam um suspeito de integrar uma organização criminosa de estelionatários envolvida com criptomoedas, através das chamadas pirâmides financeiras. Gilson Ramos Vianna foi detido em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, neste sábado (28).

Segundo o MP, Gilson atuava na quadrilha na área de tecnologia da informação, simulando contas e fazendo a captação de clientes. Ele era um dos alvos da Operação Príncipe do BitCoin, deflagrada pelo Ministério Público na última quarta-feira (25).

De acordo com as denúncias, a quadrilha agia desde 2016, aplicando golpes em investimentos no mercado financeiro, por meio da A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli.

os criminosos fizeram mais de 43 vítimas com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado, que poderia chegar até 30% ao mês.    

Gilson André Braga dos Santos e Ana Claudia Carvalho Contildes, apontados como integrantes da organização criminosa, são considerados foragidos.

O esquema

Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”. Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a dar higidez ao trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.   

Após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido. Investigações do GAECO/MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.

A ação deste sábado contou com agentes do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

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