A Região Norte ainda apresenta tendência de alta na incidência da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), cujas hospitalizações estão predominantemente associadas à Covid-19. A análise foi divulgada, nesta quarta-feira, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe, que inclui dados coletados até 30 de julho.
De acordo com a Fiocruz, nas demais regiões somente os estados de Mato Grosso, Maranhão e Piauí ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento, enquanto em Sergipe é possível que a alta seja apenas uma oscilação.
O boletim InfoGripe aponta que a segunda onda da variante Ômicron, causada por suas subvariantes, chegou primeiro ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste, regiões em que também terminou primeiro. No Nordeste e no Norte, o início da onda de infecções começou quase 2 meses depois, o que também levou a descida da curva de casos a ocorrer mais tarde.
O pesquisador Leonardo Bastos explica que, apesar de o cenário ser de tendência de queda na maior parte do país, o cenário ainda requer atenção. “A gente ainda está com indicadores de hospitalizações e óbitos por SRAG maiores que o período anterior à pandemia. Já caiu, mas ainda não o suficiente para falar que está tranquilo”.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Boletim InfoGripe mostra que oito em cada dez casos virais de SRAG foram causados pelo SARS-CoV-2. A prevalência dos demais vírus foi de 1,9% para influenza A, 0,1% para influenza B, e de 5,6% para vírus sincicial respiratório (VSR).
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