No Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, neste sábado (15), a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) alerta para o aumento de casos da transmissão da doença de mãe para filho.
Entre 2019 e 2021, houve crescimento de 15,6% do número de casos registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN): de 4.387, em 2019, para 4.448, em 2020, e 5.068, em 2021. Por outro lado, no mesmo período foi verificada redução de mortalidade: dos 229 óbitos, em 2019, para 216, em 2020, e 188, em 2021.
De acordo com o Boletim Epidemiológico Sífilis/MS de 2021, o Rio de Janeiro registra taxa de 21,1 casos por mil nascidos vivos; quase três vezes acima da notificação nacional (7,7 casos para cada mil nascidos vivos).
A SES, por meio da Gerência de IST/AIDS, realiza encontros com os municípios para analisar e discutir os óbitos por sífilis congênita. Juliana Rebello, gerente da área, informa que os encontros têm como objetivo principal propor medidas para melhorar o pré-natal ofertado às gestantes, o atendimento à criança com sífilis e à criança exposta à sífilis, para diminuir a ocorrência de óbitos evitáveis.
— É necessário um movimento em prol da qualidade da atenção à gestante e suas parcerias sexuais durante o pré-natal, promover mobilização comunitária e a ampliação do acesso às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da população em geral — defende a gerente.
O Brasil compõe a Agenda de Saúde Sustentável para as Américas 2018-2030, que apresenta como uma de suas metas a eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis até 2030. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) tem como meta a eliminação da sífilis congênita nas Américas a partir do parâmetro da ocorrência de menos de 0,5 casos para cada mil nascidos vivos, sendo essa meta adotada pelo Ministério da Saúde (MS).
Prevenção
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e adequado das gestantes e suas parcerias no pré-natal são fundamentais na redução da morbidade e da mortalidade associada à sífilis congênita. Pelo Sistema Único de Saúde, a gestante pode buscar as Unidades Básicas de Saúde.
Estágios da doença
Transmitida pela bactéria treponema pallidum, a sífilis pode ser adquirida em relação sexual sem uso de preservativos ou passada da mãe para o filho durante a gravidez. Sua manifestação ocorre em três estágios:
Diagnóstico
O diagnóstico da sífilis é clínico, epidemiológico e laboratorial, que acontece através de um exame de sangue. A doença pode ser tratada no Sistema Único de Saúde (SUS) através de injeções de penicilina. Uma vez curada, a sífilis não pode reaparecer – a não ser que a pessoa seja reinfectada por alguém que esteja contaminado.
Sífilis congênita
A sífilis congênita pode gerar complicações como aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, com surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer. Isso reforça a importância da realização do acompanhamento pré-natal.
Se a gestante for detectada com a doença, poderá receber o tratamento corretamente, assim como o seu parceiro sexual, para evitar a reinfecção e transmissão no parto.
A ausência de tratamento durante a gestação pode ocasionar sintomas na criança logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida. O mais comum é surgirem os sinais logo nos primeiros meses.
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