Envelhecimento do público LGBTQIPA+/ Desafios, preconceitos e conquistas

O público 60+ está em constante crescimento. Dados de 2021 apontam que representa 14,7% da população residente no Brasil, ou seja, cerca de 31 milhões de pessoas. Apesar do aumento deste contingente, ainda é grande os preconceitos enfrentados por ele, principalmente os relacionados ao etarismo; definição de discriminação e preconceito por causa da idade. E se este, cidadão tem mais de 60 anos e faz parte do grupo LGBTQIPA+, ainda pode enfrentar o preconceito relacionado ao gênero. Embora a diversidade sexual tenha ganhado mais espaço na sociedade, ainda há desafios a serem enfrentados, especialmente quando se trata do envelhecimento desta comunidade. 

Nesta quinta-feira (28), dia do Orgulho LGBTQIAP+, o assunto se destaca e leva a reflexão sobre a resiliência do processo de envelhecimento deste público.

O dia do Orgulho LBTQIAP+ faz referência a um movimento que aconteceu nos anos 1960 em Nova York, e ficou conhecido como a “revolta de Stonewall”. O nome faz referência à Stonewall Inn, um dos mais conhecidos bares gay novaioquino e marginalizado pela sociedade da época. Na madrugada do dia 28 de junho de 1969, o bar, alvo de frequentes batidas policiais, foi invadido pela terceira vez na mesma semana. Funcionários e frequentadores, muitos deles travestis e drag queens, foram presos e agredidos. Mas desta vez, a violenta abordagem gerou uma reação dos presentes. As manifestações duraram seis dias, mobilizando milhares de pessoas em diversos pontos da cidade, fazendo com que o ativismo pelos direitos LGBTQIPA+ ganhasse o debate público e as ruas.

Nos anos seguintes, a data foi relembrada dando origem à primeira marcha de Orgulho Gay, em 1970, e às paradas LGBT como conhecemos hoje por todo o mundo. O enfrentamento vem de longe.

Muitas lutas, muitas decepções, mas também muitas conquistas, principalmente para aquelas pessoas que já atingiram a maturidade, como conta o produtor cultural, Eduardo Araújo, produtor cultural, de 61 anos.

Apesar de conquistar o respeito da sociedade, Eduardo Araúju, ressalta a discriminação que ainda assola.

O coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson, fala sobre a importância de celebrar o Dia e de denunciar as violências sofridas.

O empresário, José Silva Junior, co-fundador do canal “Longidade”, plataforma digital que fala sobre qualidade de vida, comportamento e estilo para o público da terceira idade, destaca a relevância de poder contar com uma rede de apoio.