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Rio

‘A internet é uma porta aberta pra tudo’, dispara delegado sobre operação para combater abuso sexual na plataforma Discord

Criminosos exigiam que as vítimas cometessem uma série de atos em público de natureza sexual

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Adolescentes são alvos de operação para combater abuso sexual e racismo na internet
Adolescentes são alvos de operação para combater abuso sexual e racismo na internet (Foto: Lucas Araújo)

Adolescentes de 14 e 17 anos são alvos de uma operação da Polícia Civil, deflagrada na manhã desta terça-feira (27), para combater grupos criminosos inseridos em plataformas digitais com o objetivo de explorar as práticas de abuso sexual, racismo, misoginia, mutilação e apologia ao nazismo. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão no Rio e na cidade de Volta Redonda, no Sul Fluminense.

Em reportagem ao Programa Cidinha Livre, da Super Rádio Tupi, o titular da delegacia da criança e do adolescente, Luiz Henrique Marques, detalhou como funcionavam os estupros virtuais. “É um grupo da internet que utiliza uma plataforma chamada Discord, que é um aplicativo muito utilizado pelos adolescentes. Essa plataforma dá a possibilidade de abrir uma sala de bate papo onde inúmeras pessoas participam. Esse chat possibilita a abertura de vídeos e ali é travada uma série de conversas entre esse grupo de adolescentes”, iniciou.

Questionado sobre como as vítimas eram inseridas nesse meio, o delegado detalha que elas eram selecionadas pelos criminosos. “Eles recrutam meninas para participar desse grupo, como vítima, que inicialmente ela se quer sabe que será usada. Com o decorrer do tempo, eles passam a chantagear a vítima alegando que tem conteúdo íntimo para ser divulgado para seus amigos e família. A vítima, temendo que o conteúdo fosse exposto, passa a seguir uma série de exigências dos criminosos. Uma dessas tarefas pode ser ficar nua, se masturbar em público, introduzir objetos na região genital, fazer práticas de zoofilia. Esse abuso é conhecido como estupro virtual, quando você não tem o contato físico com a vítima, mas exige que a vítima cometa uma série de atos em público de natureza sexual”, finalizou.

As informações foram repassadas à Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). A operação foi denominada de ‘Dark Room’. Já foram apreendidos vários celulares, além de computadores e materiais utilizados para armazenamento de mídia.

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