Ronnie Lessa. Foto: Reprodução de TV
Os advogados de defesa de Ronnie Lessa anunciaram que não são mais representantes do ex-policial militar no caso que investiga a morte da vereadora Marielle Franco, após acordo para delação premiada. Bruno Castro e Fernando Santana afirmaram não atuar para delatores ao citar “ideologia jurídica”. A dupla o defendia há 12 anos.
“Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado. Nesse cenário, apresentaremos renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuamos para ele, ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa”, afirma a nota.
A delação premiada de Ronnie Lessa foi anunciada pelo Ministério da Justiça. O caso tramita em segredo de Justiça e não foi analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março de 2018, no Centro do Rio. Eles voltavam de um evento quando foram cercados pelos criminosos, que efetuaram 14 disparos.
Além de Ronnie Lessa, Élcio de Queiroz também já foi preso. Ele, inclusive, também ficou acordo de delação premiada com a PF e confessou participação no crime.
Na data em que o crime completou seis anos, um ato na escadaria da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, no Centro, cobrou respostas das autoridades.
O manifesto contava com girassóis, para lembrar a ex-vereadora, e uma placa com os dizeres “Rua Marielle Franco”.
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