Nesse caso não seria o imediatismo que norteia o futebol brasileiro, mas uma análise que tem algo errado e precisa ser corrigido enquanto é tempo em 2023. A insistência em Luís Castro parece um erro no Botafogo
Até quando John Textor vai manter essa sociedade? Internamente, ele já admite que o Botafogo não evoluiu. Pelo contrário, mantém o estado de inércia quando falamos em desempenho e bom futebol. Por ora, a multa de R$ 10 milhões atrapalha a saída do português, classificado por ele Textor como sócio nesse projeto.
Outro ponto exaltado mil vezes pelo norte-americano quando anunciou o treinador: Castro é um ótimo professor. Diante disso, fica uma sugestão, recontrata como técnico do Sub-23 ou do Sub-20 na formação e fabricação de novos talentos. Quem sabe dá certo?!
Castro é mau técnico? Não! Porém, tem no currículo a melhor fase da carreira treinando o PORTO B. Tem também títulos na Ucrânia e no Catar. No Botafogo não deu certo. Errar é humano, persistir no erro é burrice, diria o ditado.
Vamos aos números. O Botafogo disputou 17 jogos em 2023, venceu nove, empatou quatro e perdeu quatro. Ou seja, o time venceu praticamente a metade das partidas no ano. Porém, quando comparamos resultados e desempenho a situação se torna muito preocupante. Somente contra o Boavista pelo Estadual e Brasiliense pela Copa do Brasil o time não correu perigo e foi bem. As vitórias sobre Madureira e Fluminense aparecem na sequência.
Os jogos contra Vasco, Flamengo (com reservas e Sub-20), Sergipe, Portuguesa, Audax e Magallanes-CHI foram sofríveis. O Botafogo apresentou níveis técnicos, táticos e individuais muito ruins.
Em campo o time é desorganizado e limitado nas variações de jogo. Claramente não tem objetivo.
Alguns pontos
O time é ruim? não, falta treinador! Perri, Adryelson, Cuesta, Marçal, Tchê Tchê, Lucas Fernandes, Eduardo e Tiquinho Soares são bons jogadores, por exemplo. Aliás, o goleiro Lucas Perri é o melhor da equipe.
A mudança de planejamento na pré-temporada, ausência do estádio Nilton Santos e demora na chegada de alguns reforços são fatores importantes sim, mas com o atual elenco o Botafogo não deveria estar tão ruim do jeito que se apresenta, já que foi muito pouco testado até agora no ano. O Carioca e as primeiras fases da Copa do Brasil são possuem um nível mais elevado.
Outro ponto, o torcedor não sabe escalar o time titular do Botafogo. A equipe vai começar o Brasileiro sem identidade criada.
Castro é considerado um profissional sério, honesto nas atitudes, porém existe um distanciamento visível com parte do elenco. Isso não agrada.
Quem pode mudar o rumo das coisas é o dono da SAF do futebol do Botafogo, que está desaparecido e prometeu vir ao Brasil para a estreia do Brasileirão contra o São Paulo.
A culpa é só do treinador? Não! Textor e o futebol também possuem uma carga elevada na divisão das responsabilidades. Isso é um outro capítulo.
Por enquanto, John Textor e Castro seguem sócios e o Botafogo carente de um bom futebol.
CASTRO TEM NO GERAL: 56J, 26V, 12E, 18D, 74GP e 55GC
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