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Cheerleading lota academias e ginásios no Rio

Nos filmes americanos, que têm como cenário Universidades ou colégios, era (ainda é) comum ver meninas uniformizadas, com pompons nas mãos, fazendo coreografias. Essas eram (são) conhecidas como ‘cheerleaders’, que quer dizer líder/animadoras de torcida. Mas o que muitas pessoas não sabem é que, o cheerleading é um esporte de competição, baseado em rotinas e coreografias, contendo elementos de dança, ginástica, acrobacias, saltos, pirâmides e elevações, reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional, e difundido no mundo todo. E, mais, não é voltado apenas para mulheres, mas tem entre seus competidores, atletas do sexo masculino. Originado nos Estados Unidos, na Universidade de Minnesota em 1898, a prática foi introduzida no Brasil, em 2008, pela Comissão Paulista de Cheerleading, e é regulamentada pela União Brasileira de Cheerleading, filiada ao Internacional Cheer Union, representante do esporte em caráter mundial.

Um dos maiores expoentes e incentivadores do esporte é o atleta Felipe Leal da Cunha Cruz Pereira. Ele começou a trajetória no ‘Cheer’ em 2013 e nunca mais se afastou. “Gosto de dizer que eu estava no lugar certo na hora certa. Na época eu tinha 18 anos, e estava praticando ginástica em um projeto para a comunidade, na UERJ. Ali fiz amizades e acabei sendo convidado para um treino de ginástica extra, em um domingo. Fui visitar o treino da equipe e, quando cheguei, não era ginástica, era Cheerleading. Na época o esporte era muito mais ‘nichado’ e existia mais preconceito em relação a ele, porém, este primeiro treino fez com que me apaixonasse. Fui convidado a participar da equipe e, meu primeiro campeonato, meses depois, foi no Chile. Lembro que, naquele mesmo ano, competimos no campeonato Nacional no Brasil também, onde fomos campeões nacionais”, relembra.

Cheerleading lota academias e ginásios no Rio (Foto: Divulgação)

E Felipe seguiu treinando e representando essa mesma equipe nos anos seguintes, até ser convidado para competir pela primeira Seleção Brasileira de Cheerleading. Em 2015, pela primeira vez, o Brasil enviou uma equipe para o Campeonato Mundial de Cheerleading, obtendo a décima terceira colocação na classificação final na categoria mista. “Competi o mundial de seleções e, em nossa primeira participação, fomos os 13º colocados. Para nós foi incrível ter participado dessa competição, e, também, o pontapé para dar mais visibilidade ao esporte no Brasil. Neste mesmo ano comecei a redobrar meu treinamento, porque queria ser um atleta de nível internacional. Foi quando tive minha primeira lesão grave: o rompimento do LCA. Aos 20 anos e sem plano de saúde, fui a diversos postos médicos tentar marcar uma cirurgia pela rede pública, mas me falavam que iriam me colocar em uma fila de espera e que poderia demorar muitos anos para conseguir se operado”, relembra ele, que decidiu seguir em frente.

Naquele momento, sem poder treinar, e ainda apaixonado pelo esporte, Felipe pensou no que poderia fazer para continuar atuando no Cheerleading. Foi ai que começou a estudar o mercado do esporte e percebeu uma lacuna e falta de informações, relacionados ao Cheer, que pudessem ajudar os profissionais. Assim, começou a escrever todas as experiências que, o que o levou a fundar sua empresa a ‘Brasil Cheerleading’. “Lembro que, naquela época, escrevi um livro, que disponibilizei de forma gratuita na internet, chamado ‘Cheerleading para todos’. Era uma edição para atletas e uma para treinadores, onde coloquei informações para ajudar aos que queriam se desenvolver no esporte. Mas, para ter acesso, era preciso entrar no grupo que criei. Assim, fundei uma comunidade ativa no Facebook, com informações e onde todos se ajudavam”. E do projeto ‘Cheerleading para todos’, Felipe desenvolveu o Campeonato Carioca de Cheerleading, do qual hoje é diretor. O evento estadual teve sua primeira edição no ano seguinte (2016) e, desde então, acontece todos os anos, só tendo sido interrompido nos anos de 2020 e 2021, por conta da pandemia da COVID-19. Além do Campeonato, existe outra possibilidade de os competidores mostrarem seus talentos: os Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. E, se isso acontecer, tem brasileiros treinando se preparando para esse desafio.

“A Seleção Brasileira compete desde 2015 no International Cheer Union (ICU), um campeonato específico do esporte e, a cada ano que passa, percebemos que o time vem ganhando mais notoriedade. Tanto que, esse ano, conquistou sua primeira mealha, ficando em terceiro lugar no mundial. Caso vá competir em uma Olimpíada, com certeza vai fazer um bom trabalho, mas precisamos entender que, aqui no Brasil, o esporte não surgiu há muito tempo. Então não dá para comparar a nossa Seleção com as dos países onde ele já existe há muitos anos. Mas, apesar de ser um desafio, essa também é uma parte interessante do nosso país, já que, em pouco tempo, conseguimos fazer muita coisa. Então, nesses 10, 11 anos já temos atletas de nível internacional. Alguns, inclusive, estão fazendo intercâmbio e competem com times universitários americanos, do nível mais alto do mundo. Esses atletas vêm alcançado habilidades internacionais (como técnicas de levantamentos e acrobacias de solo, por exemplo). Então, conseguindo com atletas desse nível, com certeza a Seleção vai mandar bem quando existir a possibilidade de competição a nível Olímpico”, acredita.

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