Um levantamento feito pela Defensoria Pública aponta que a violência nas prisões está aumentando, no Rio. Segundo o relatório, 1.250 pessoas foram submetidas à tortura física e psicológica e maus tratos ao serem presas, entre junho de 2019 e agosto de 2020. O estudo mostra relatos de vários tipos de agressões físicas. A maioria chutes, socos e tapas, além de tortura verbal. De acordo com as vítimas, em 87% das vezes, as agressões são praticadas por policiais militares.
Os dados serão divulgados, nesta sexta-feira (17), às 14h, no evento “Pelo fim da tortura: o impacto dos relatos de agressão nas sentenças criminais”, com transmissão pelo YouTube da Defensoria. Segundo relatos feitos ao Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), da Defensoria, as vítimas dessas agressões ou torturas durante a prisão são em sua maioria homens (96,1%), com idade entre 18 e 40 anos.
Quase 80% dos agredidos têm escolaridade baixa e são pardos ou pretos. Já cerca de 71% não tem o ensino médio e mais de 55% moram em favelas e em bairros pobres das zonas Norte e Oeste do Rio, da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana. No entanto, 1.015 (81%) informaram que tiveram ou exerciam alguma atividade profissional no momento da prisão.
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