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Entenda como funcionará aplicativo para bloqueio de celulares roubados

Secretário-Executivo do Ministério da Justiça explicou detalhes em entrevista à Tupi

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Foto: Divulgação/MJSP

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançará na tarde desta terça-feira (19) um aplicativo para bloquear celulares roubados e furtados. Em entrevista à reportagem da Super Rádio Tupi, o Secretário-Executivo da pasta, Ricardo Capelli, explicou que, com apenas um clique, a vítima do crime ou uma pessoa de sua confiança poderá enviar um comunicado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), bancos, outros aplicativos, como Uber, 99 e Ifood.

“No momento que ela aperta o botão, esse arquivo vai para a Anatel, que em até 24 horas bloqueia o aparelho. Esse aparelho não consegue mais subir em nenhuma outra operadora. Nessa primeira fase, nós vamos bloquear a maioria dos bancos em até 10 minutos. A gente também está assinando hoje com uma série de outros aplicativos, como Uber, 99, iFood e outros, que também vão aderir e definir o prazo [de bloqueio]”, explicou Capelli. A expectativa é evoluir o processo de bloqueio das contas bancárias a um efeito instantâneo. Segundo o secretário, a medida irá desestimular roubo, furto e receptação de celulares, além de evitar acesso indevido à dados bancários e financeiros.

Chamada “Celular Seguro”, a ferramenta poderá ser acessada pelo aplicativo ou pelo site. A inutilização do aparelho será efetivada através do bloqueio do IMEI, um código único que identifica cada celular fabricado. O app estará disponível a partir desta quarta-feira (20) para Android e IOS.

Foto: Divulgação / MJSP 2

Não há risco do criminoso impedir o bloqueio caso o celular assaltado tenha o app baixado, segundo a pasta. “Para acessar o aplicativo, a pessoa tem que ter o login e a senha da plataforma GOV BR, que é uma autenticação segura e reconhecido pelas empresas. No aplicativo, não tem a opção de desbloqueio, só a de bloqueio”, afirmou Capelli.

Caso o smartphone seja encontrado, o dono do aparelho deverá solicitar individualmente o desbloqueio às empresas responsáveis.

“Ele [o app] é uma medida que atua estruturalmente. Qual o interesse de uma pessoa de roubar ou furtar um celular se ela sabe que não vai conseguir revender? Porque o aparelho não vai funcionar mais. Ela não vai conseguir entrar nos aplicativos bancários, porque eles estarão bloqueados. Ela não vai conseguir entrar nos aplicativos de compra, porque eles estarão bloqueados. Então, perde o sentido, o roubo e o furto do celular. No momento que a gente transforma o celular roubado ou furtado num pedaço de metal, a gente acredita que vamos desestimular muito esses delitos e também vai acabar com a receptação, porque quem comprar um celular de origem duvidosa vai estar jogando o seu dinheiro no lixo”, concluiu Capelli.

De acordo com o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o crime de roubos de celular cresceu quase 5% entre 2021 e 2022. No mesmo período, o furto de aparelhos saltou 32%.

Os estados com maior incidência de casos são: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Minas Gerais.

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