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Erisipela: entenda a doença que afeta Bolsonaro e já atingiu Evaristo Costa, Sheila Melo e Gabriela Pugliesi

A erisipela é uma infecção na pele que provoca feridas vermelhas, inflamadas e dolorosas, que atinge principalmente pernas, rosto ou braços.

A causa da doença está associada a infecção por bactérias (Estreptococo), que afeta a camada superficial da pele, e que também pode causar a forma mais grave da doença, chamada de erisipela bolhosa, que surgem como feriadas com bolhas. Estas bactérias podem atingir a gordura do tecido, propagando-se pelo corpo pelos vasos linfáticos.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta a doença no momento, há outros exemplos de figuras públicas que enfrentaram tal condição como o apresentador Evaristo Costa, a dançarina Sheila Melo e a influenciadora digital Gabriela Pugliesi.

Seguem abaixo perguntas/respostas sobre o assunto com a Dra. Helen Pessoni, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e especialista em cirurgia vascular e endovascular pela Associação Médica Brasileira (AMB).

1 – Quais os principais sintomas e fatores de risco para desenvolver a erisipela?

O principal fator de risco para desenvolver a erisipela é a perda de continuidade da camada protetora da pele. Por exemplo, um paciente que tem uma micose no pé, pode levar a rachadura no pé ou entre os dedos e isso favorecer a entrada de uma bactéria, picada de mosquito, algum trauma na perna, essas situações favorecem a entrada de uma bactéria, o que irá contribuir para o surgimento de erisipela.

Se esse paciente tiver uma imunidade comprometida, também será um fator de risco. E o que compromete uma imunidade? Um diabetes, um sistema imunológico prejudicado, o uso de corticoides de longa data, um paciente em tratamento de câncer… são fatores de risco.

À medida que a idade avança há mais chances da erisipela aparecer. Outro fator de risco é se o indivíduo tiver uma circulação sanguínea venosa ou linfática que sejam ruins, principalmente a drenagem linfática, que leva a um acúmulo de líquido na perna, que com a quebra da barreira pode favorecer ao aparecimento da infecção da erisipela.

Outro fator importante: se já teve um quadro de erisipela, a chance de ter outro aumenta, sendo considerado um histórico prévio de erisipela um fator de risco também.

Há ainda outros fatores de risco para erisipela: a imobilidade e a obesidade, porque dificultam tanto a drenagem linfática, quanto venosa, favorecendo o surgimento de edema. O paciente obeso também tem mais chance de ter uma quebra da continuidade de pele, uma micose, algo associado, que irá favorecer este quadro.

Quando se fala dos principais sintomas de erisipela: uma pele avermelhada, geralmente em uma perna só (pode ser nas duas pernas, mas é mais raro). Essa pele vai estar avermelhada, inflamada, inchada, calor na região. O paciente pode ter bolha e desenvolver vesículas na perna. Associado a isso, pode ter febre e gânglios hiperativos, que são nódulos na região da virilha (são os gânglios linfáticos que estão tentando combater aquela infecção), podendo ser considerado um sinal e um sintoma da erisipela.

2 – Como prevenir a doença?

O principal cuidado é com a pele, mantendo-a seca, limpa, hidratada, para que não perca a continuidade de barreira que a pele traz. A pele é uma barreira nossa de proteção. Então, proteger contra corte, arranhão. Se tiver uma micose, deve-se fazer o tratamento desta, deixar a região entre os dedos sem umidade, sempre secas, e se tiver propensão à erisipela, e estiver a caminho de um lugar que tenha inseto, mosquito, deve se prevenir com o uso de repelente.

É sempre pensar em manter a integridade da pele, para que a bactéria mais comum, que causa a erisipela, que é o estrepctococos, não entre e não cause a infecção.

3 – Sobre a questão da idade: por que a doença é mais comum em indivíduos com mais de 50 anos de idade, com doenças de pele, obesidade e/ou diabetes não controlada?

A idade é um fator para o surgimento da erisipela. Quanto mais idoso, maior a chance. Não digo 50 anos de idade, mas acima de 70 anos existe maior chance de erisipela, por ser uma pele mais frágil, que tende a se tornar mais fina, com o processo de envelhecimento. A chance de algum problema circulatório também aumenta com a idade. A chance de alguma crônica e o comprometimento da imunidade também. Então, são esses os fatores que fazem com que a erisipela seja mais comum em uma idade mais avançada, apenar de ter cuidado de paciente de 40 e poucos anos, com quadro de erisipela grave, bolhosa.

4– Quais as formas de tratamento desta condição? São os mesmos para a forma mais grave da doença (erisipela bolhosa)?

O tratamento da erisipela, aqui podemos dividir, na erisipela “menos complicada” e “mais complicada”, que é a bolhosa, uma forma mais grave. Neste último caso, precisamos cuidar tanto da pele, quanto da infecção. Se já tiver bolhas, é preciso usar um curativo especial para aquela pele se recompor, será necessário também a indicação de anti-inflamatório e antibiótico venoso, para conter essa infecção.

Então, são cuidados locais, antibiótico (pode necessitar de uma internação, porque pode ser realizado via intravenosa).

Num quadro mais leve, o tratamento pode ser em casa, com antibiótico, contra a bactéria (estreptococos). O antibiótico usado é a penicilina, antigo, mas com boa ação ainda, assim como cuidados locais e até medicamentos para drenar melhor este sangue e reduzir o inchaço da pele.

Algo extremamente importante do tratamento é que ele deve ser mais prolongado, porque essa bactéria coloniza a pele, e está ali na área de infecção o tempo inteiro. Então preciso fazer ciclos e manter o tratamento com antibiótico, por até seis meses, para não ter recorrência da doença.

5 – Quais especialistas devem ser procurados para tratar a doença?

Os profissionais que podem ser buscados para esse tratamento são: angiologista, cirurgião vascular, clínico, infectologista, dermatologista. É uma doença que pode ter um problema vascular associado, então geralmente é direcionado para um médico vascular, mas as outras especialidades também podem tratar a erisipela.

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