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Estudante de gastronomia vítima de racismo em hipermercado, volta a sofrer ofensas na internet

Foto: Reprodução

O ator e estudante de gastronomia, Bernardo Marins, de 20 anos, vítima de racismo em um hipermercado de São Gonçalo, no mês de agosto, voltou a sofrer ataques de injúria. Desta vez, as ofensas ocorreram em grupos de whatsapp, criados para organizar um ato antirracista, em frente ao mercado Extra, no bairro Alcântara. Uma das mensagens dizia: “cala a boca, tu é negro”.

Umas das pessoas que tiveram acesso ao grupo e estimularam os ataques, se apresenta nas redes sociais como Tenente Barros Moreira. Ele possui um canal no YouTube, onde fala sobre política e defende a atuação do governo federal. A equipe de jornalismo da Super Rádio Tupi entrou em contato com Barros Moreira, em Brasília, por telefone, e foi hostilizada.

A defesa de Bernardo Marins vai pedir a abertura de um inquérito na delegacia de crimes virtuais. “Eu vou fazer um pedido de requerimento de abertura de inquérito, na delegacia especializada de crimes virtuais, pedindo as investigações. Quem são essas pessoas, porque fizeram isso? A mando de quem?”. Disse Danielle Coutinho, advogada do rapaz.

Relembre caso:

Além de atuar, Bernardo trabalha como confeiteiro e cake designer, e no dia 18 de agosto foi até o Hipermercardo Extra, no bairro Alcântara, em São Gonçalo, para comprar ingredientes que usaria no próprio bolo de aniversário. Segundo Bernardo, assim que entrou no mercado, o segurança começou a segui-lo e enviar mensagens de rádio pedindo para que analisassem nas câmeras se ele havia roubado alguma coisa. Depois de pagar pelos produtos, o jovem pediu para chamarem o gerente.

“Chamei o gerente e falei com o gerente sobre o ocorrido e ele falou que não era racismo que o segurança só estava andando pelo mercado e que não era comigo. Fiquei indignado pois o gerente era pior que o segurança e resolvi ir embora. Saindo do mercado o segurança veio atrás de mim e me chamou de “ladrãozinho”, contou o rapaz.

As ofensas, então, continuaram: “Eu fui até ele perguntar qual é o problema e o porquê dele estar me acusando de roubo sem provas. Pedi para que me revistasse e ficamos no bate boca até que ele me perguntou se eu achava que ele era cego, insinuando que eu tinha pegado algo. Fui até o gerente e pedi para me revistarem e que provassem que eu tinha pegado algo, mas não quiseram me revistar e o gerente saiu em defesa do funcionário e me perguntou se eu frequentava o mercado porque ele poderia estar atrás de mim por já ter marcado a minha cara.”

A defesa de Bernardo Marins tentou registrar a ocorrência na 74DP, a delegacia de Alcântara, na ocasião, o pedido foi negado pelos agentes.

Foto: Arquivo pessoal

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