Conecte-se conosco

Patrulhando a Cidade

Exclusivo: Indígena abusa sexualmente e engravida a própria filha

Caso aconteceu dentro da aldeia em Maricá. Jovem de 21 anos foi obrigada a abandonar o recém-nascido numa área de mata

Publicado

em

Foto/Reprodução Internet

Foto/Reprodução Internet

Deve prestar depoimento ainda nesta semana, uma jovem indígena, de 21 anos, que era abusada sexualmente pelo pai, na aldeia Mata Verde Bonita, em São José do Imbassaí, no município de Maricá, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com a Polícia Civil, os estupros duraram oito anos. Ela acabou engravidando por conta dos constantes abusos. Na última quinta-feira (21), o bebê nasceu e a vítima foi obrigada pelo pai a deixar o recém-nascido numa área de mata da aldeia. A criança foi localizada ainda com vida e socorrida pelos índios, mas não resistiu.

O caso está sendo acompanhado por representantes dos Direitos Humanos e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O inspetor Tiago Lessa, da 82DP, a delegacia de Maricá explica como a polícia tomou conhecimento do fato. “O fato foi comunicado pela Cacique que solicitou a aparição da Polícia Militar. Ela foi conduzida para a 82 DP e ouvida juntamente com outras testemunhas. A PM também conduziu o autor do fato. A gente está agora aguardando o comparecimento da vitima”, destacou o inspetor.

A Cacica Jurema Nunes, emitiu uma carta de manifestação da aldeia Mata Verde Bonita:

“Nós da aldeia Mata Verde Bonita, em São José do Imbassaí, queremos mostrar nossa indignação sobre os fatos que aconteceram na nossa aldeia nos últimos dias.

Quinta-feira, 21 de janeiro, durante a limpeza do espaço da aldeia, encontramos na mata um bebê recém-nascido. Logo nós o socorremos e uma das enfermeiras de saúde indígena ajudou a fazer os primeiros socorros e depois socorremos de carro até o hospital de Maricá, mas o bebê chegou sem vida.

Nós, depois que voltamos no hospital fomos averiguar o que aconteceu e descobrimos uma menina que vinha sofrendo estupro pelo próprio pai e que ele obrigou ela a abandonar o bebê.

A comunidade chocada foi atrás dele que já estava fugindo, mas os guerreiros da aldeia pegaram ele e ele confessou o crime que cometeu e assim seguramos ele até a chegada da polícia. A cacique da aldeia foi até a delegacia prestar denúncia e ficamos indignados ao saber que o acusado não ficou preso.

A comunidade não entende a decisão da justiça brasileira que deixou impune uma pessoa que cometeu um crime tão bárbaro. Na aldeia todos estão de luto até porque nosso costume, nossa cultura, nossa maneira de ser não nos ensina assim, nós somos Tupi Guarani, e aprendemos a cuidar uns dos outros e a proteger toda a nossa comunidade.

Hoje a comunidade se dedica a cuidar dessa jovem que não teve infância e tanto sofreu.

Estamos buscando juntos passar por esse momento difícil para nossa comunidade.

Agora queremos a justiça que ele pague por tudo que ele fez e não mais consideramos ele como Tupi Guarani.

 

Jurema Nunes

Cacica”

Continue lendo