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Ícaro Miguel é promessa do Takewondo brasileiro para as Olímpiadas de Paris

Atleta perdeu 90% da capacidade de visão no olho direito ainda criança

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A President’s Cup América de Taekwondo, competição que vale pontuação no ranking e vaga para o Pan-Americano de 2024, acontece no Rio de Janeiro de quinta a domingo e, entre os competidores, está Ícaro Miguel, sétimo colocado no ranking olímpico.

“É um evento importantíssimo pra gente na caminhada olímpica, pois vale ponto para o ranking olímpico, para o ranking mundial também”, diz Ícaro, que este ano foi medalha de prata no Dutch Open 2023, na Holanda, e bronze no Espanha Open. Em 2020, ele se tornou o primeiro brasileiro na história do taekwondo a chegar ao topo da lista mundial, posto que ocupou por 3 anos e três meses.

O taekwondista conta que já esteve no Rio algumas vezes a trabalho, mas nunca teve oportunidade de conhecer os pontos turísticos da cidade. “Infelizmente não será dessa vez que vou conseguir isso também”.

Mineiro de Belo Horizonte, treina em São Caetano do Sul e está na luta por uma vaga nas Olimpíadas de Paris em 2024. “Depois dessa competição no Rio, logo em seguida a gente tem mais dois Grand Prix esse ano ainda, entre eles o de Taiwan na China”, afirma o atleta, que é patrocinado pelo Time Petrobras, que apoia competidores promissores em busca de sua primeira medalha olímpica.

O atleta perdeu 90% da capacidade de visão no olho direito ainda criança, aos seis anos de idade, quando sua mãe, acidentalmente, confundiu frascos de remédio e pingou amônia em seu olho para curar de uma irritação comum pós-banho de piscina.

 Submeteu-se a anos de tratamentos que não tiveram resultado duradouro e então teve que fazer uma escolha: “Caso eu fizesse fazer o transplante na córnea, nunca mais poderia voltar ao taekwondo. Só existe essa possibilidade após o fim da minha carreira, na minha aposentadoria. Foi uma opção minha não fazer o transplante e ficar cego realmente de um olho, para poder continuar lutando”, explica.

“Mas sendo bem sincero, acho que nem devo fazer, pois isso faz parte de mim e da minha história. Essa deficiência me tornou uma pessoa melhor, me fez entender muitas coisas. Vejo o mundo de uma forma diferente”, finaliza.

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