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Jornalista denuncia racismo de vizinha em prédio no Centro do Rio

“Devia ser proibido uma macaca entrar no prédio! Macaca suja!”, gritava a racista para a jornalista e colunista do veículo Estado de Minas, Etiene Martins. Etiene veio de Belo Horizonte, Minas Gerais, para morar no Rio de Janeiro após ser aprovada para um doutorado em comunicação e cultura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e para um mestrado em relações étnico-raciais no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET).

A jornalista escolheu um pequeno apartamento no Centro do Rio para poder ter fácil acesso às duas instituições. Dois dias após chegar na cidade, em 29 de janeiro, Etiene se apresentava para um dos quatro porteiros do prédio, enquanto uma mulher ouvia a conversa. Ambas pegaram o elevador e foram para suas casas sem falar nada. Quando a jornalista entrou em casa, começaram as ofensas racistas do lado de fora.

Fonte: reprodução/redes sociais

A jornalista pensou que a mulher estava brigando com outra pessoa e, no dia seguinte, preencheu o livro de ocorrência do condomínio. De acordo com Etiene, a síndica entrou em contato após a ocorrência, disse que a racista morava sozinha e que no dia das ofensas não havia ninguém no corredor com ela.

Cinco dias depois, Etiene recebeu uma equipe em sua casa para gravar uma entrevista para um documentário. Assim que os profissionais chegaram, os gritos racistas começaram. A jornalista foi até a porta da vizinha pedir silêncio, mas a mulher negou que estivesse gritando e disse que morava sozinha, logo, não poderia ser ninguém na casa dela.

“Eu não pude discutir com ela porque tinha uma equipe enorme dentro da minha casa me esperando para eu poder dar entrevista. Quando eu volto, ela começa a gritar me respondendo, me xingando de tudo quanto é tipo de palavrão”, contou Etiene Martins. Segundo a colunista, as ofensas duraram cerca de cinco minutos.

“O quanto é recorrente nós sermos ofendidas e violentadas e não termos como provar que a pessoa estava falando para gente? A gente fica de pés e mão atadas”, denuncia a jornalista.

 

Após decidir registrar um boletim de ocorrência, Etiene descobriu que a modelo Luana Rolim, de 24 anos, também vizinha e negra, estava sofrendo a mesma situação em setembro de 2022. Juntas, registraram ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

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