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Rio

Jornalista é xingada de ‘macaca’ por funcionário público durante reportagem na Baixada Fluminense

Agressão virou caso de polícia e um boletim de ocorrência foi registrado por lesão corporal, injúria e ameaça

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(Foto: Reprodução/Instagram)

(Foto: Reprodução/Instagram)

A repórter Julie Alves, da Rede CNT, foi vítima de agressões físicas e verbais, durante a realização de uma pauta no município de Japeri, na Baixada Fluminense. A jornalista estava acompanhada do cinegrafista Vangelis Floyd para fazer uma reportagem acerca de um lixão, que fica ao lado de uma unidade de saúde, no bairro do Mucajá. Um homem, negro, que se identificou como funcionário do local, tentou impedir o trabalho dos profissionais de imprensa e os abordou de maneira truculenta. Ele gritou ofensas como “macaca” para Julie e “gordo” para o câmera.

“Estávamos filmando o lixão e perguntei se alguém do posto poderia falar sobre o assunto. Esse cara consentiu e, quando entramos no pátio, já gravando, ele começou a gritar, disse ‘grava não, c… Vai para casa do c…, não pode gravar aqui ‘ e fui narrando o que acontecia. Eu disse que gravaríamos sim, e ele falou: ‘Não vão gravar nada, sua macaca’. O cinegrafista foi me defender, e ele disse: ‘Cala a boca, seu gordo’. Foi então que ele partiu para cima de mim. Deu um tapa na minha mão. Pensei que ele fosse dar na minha cara, e o microfone caiu. Eu me abaixei para pegá-lo e ele avançou no cinegrafista”, contou a repórter em entrevista ao jornal Extra.

Após conseguirem entrar no posto médico, eles encontraram a secretária municipal Rosilene Moraes dos Anjos e relataram as agressões de que foram vítimas. Depois da conversa, a jornalista e o cinegrafista deixam o local, quando apresentaram um mal estar. Julie estava com pressão alta (14 por 8) e Vangelis, que é hipertenso e diabético, atingiu uma pressão arterial de 18 por 8, além de uma taxa de glicemia 300% acima do normal.

Para o jornal Extra, a repórter da CNT ainda falou que o agressor também disse que estava com um mal estar, para ficar no mesmo ambiente que eles, e voltou a os ameaçar. Assim que deixaram a unidade, os dois profissionais foram até a 63ª Delegacia de Polícia (DP) para registrar um boletim de ocorrência, por lesão corporal, injúria e ameaça.

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