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Lagoa Rodrigo de Freitas será naturalizada em dois trechos: na altura do Parque do Cantagalo e no Parque dos Patins

Nesta manhã de terça-feira, 20, a Prefeitura do Rio deu início ao projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma iniciativa da Subprefeitura da Zona Sul, em parceria com a Fundação Rio-Águas, com o objetivo incorporar áreas ao perímetro da lagoa que ficam constantemente alagadas, em frente ao Parque do Cantagalo e no Parque dos Patins, oficializando o novo traçado para a ciclovia e fazendo a readequação ambiental desses trechos. A naturalização desses trechos foi iniciada na altura do Parque do Cantagalo e contou com a presença do subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, do Presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos, além do biólogo Mario Moscatelli, juntamente com sua filha a paisagista Carolina Moscatelli, responsáveis técnicos pelo projeto.

Lagoa Rodrigo de Freitas será naturalizada em dois trechos: na altura do Parque do Cantagalo e no Parque dos Patins (Foto: Divulgação)

Segundo Mario Moscatelli, nesses dois trechos, o solo se apresenta extremamente instável por conta de sua composição natural, geralmente formado por silte, argila e turfa, em camadas que podem atingir vários metros de profundidade, ou seja, é praticamente impossível impedir seu alagamento em épocas de cheia. O trabalho de naturalização tem previsão de finalização em 60 dias, após a conclusão do trabalho neste trecho as intervenções vão acontecer na área próxima ao Parque dos Patins.

O trabalho será executado em três fases:

1- Remoção das instalações urbanas (postes, meio-fio, pista e iluminação); 2-Adequação ambiental com o acerto topográfico da área, visando criar as condições ambientais ideais para a implantação do projeto de recuperação da comunidade vegetal, composta por espécies vegetais perilagunares (como grama de mangue, samambaia do brejo, algodoeiro de praia e mangue vermelho); 3- Instalação de cercado protetivo e placas informativas.

O processo de naturalização de áreas urbanas é uma atividade em desenvolvimento em várias partes do mundo. É uma das técnicas utilizadas para recuperar espaços degradados e modificados pelo homem, devolvendo a eles as condições próximas às naturais. Com a busca pela sustentabilidade e pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU, é possível conciliar os interesses ambientais, sociais e econômicos e promover qualidade de vida. Esse é o foco da implantação da naturalização da Lagoa: devolver para a Lagoa o que já foi dela por meio de soluções sustentáveis, conciliando com os interesses de urbanização dos espaços.

Lagoa Rodrigo de Freitas será naturalizada em dois trechos: na altura do Parque do Cantagalo e no Parque dos Patins (Foto: Divulgação)

A subprefeitura ressalta que na década dos Oceanos e da restauração dos Ecossistemas declaradas pela ONU, este projeto utiliza soluções baseadas na natureza para resolver velhos problemas e melhorar a vida dos cariocas e visitantes, e aponta que com a execução do projeto vai ao encontro das ODS 3 (saúde e bem-estar), 11 (cidades e comunidades sustentáveis), 14 (vida na água) e 15 (vida terrestre).

Segundo o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, esta é a primeira vez na história que a Lagoa vai crescer: “Pela primeira vez na história a Lagoa vai voltar a crescer, estamos oferecendo uma solução verde para resolver os problemas causados pelos sucessivos aterramentos que ao longo de mais de um século reduziu em 50% sua área original, e com isto oficializar o novo trajeto da ciclovia devolvendo para a Lagoa o que já foi dela”, explicou o subprefeito.

A Lagoa Rodrigo de Freitas em cem anos teve sua área original reduzida em 50% e, consequentemente, toda sua comunidade vegetal periférica (perilagunar) foi completamente suprimida. Suas águas iam até a Rua Jardim Botânico, ao Hipódromo da Gávea, condomínios da Selva de Pedra e a sede do Clube do Flamengo. Com a supressão de suas margens naturais e sua comunidade vegetal perilagunar, houve uma redução da fauna nativa.

O coordenador do projeto, o biólogo Mario Moscatelli, lembra que com o trabalho que vem sendo realizado na Lagoa desde 1989 é possível observar um aumento de biodiversidade no local e, por isto, ressalta a importância de seguir com o trabalho. “Após 34 anos ininterruptos de trabalho, verificamos uma explosão de biodiversidade ainda mais incentivada com a melhoria da qualidade da água. Por isto optamos pelo processo de naturalização desses dois trechos para resolver a questão dos alagamentos constantes”, observa o biólogo.

O presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos, ressalta o trabalho realizado pela fundação na região. “A Fundação Rio-Águas trabalha no monitoramento da qualidade da água da lagoa, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente e Clima, e desobstruímos de forma permanente o Canal do Jardim de Alah. Já com este projeto de naturalização, em parceria com a subprefeitura e com biólogo Mario Moscatelli e a paisagista Carolina Moscatelli, estes trechos serão reintegrados ao corpo hídrico. De uma forma simbólica estamos contribuindo para recuperar ainda mais este ecossistema”, aponta o Wanderson Santos.

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