‘Lockdown’ proposto pelo Governo do Estado e Fiocruz prevê saída apenas para ida aos supermercados

O governo do estado prevê fechar estradas e só permitir que pessoas saiam de casa, com máscara, para fazer compras. As medidas constam em ofício enviado pelo governador Wilson Witzel ao Ministério Público do Estado.

O órgão tinha cobrado do governo e da Prefeitura do Rio planos para conter o coronavírus. A Fiocruz pede bloqueio total, o chamado lockdown.

O Ministério Público do Estado encaminhou o estudo da Fiocruz sobre a necessidade de adoção de medidas de lockdown. Em resposta, o Poder Executivo remeteu ao MPRJ um ofício ressaltando que o Rio de Janeiro está caminhando para o colapso do sistema de saúde e que, por conta disso, o lockdown precisaria ser adotado.

Em entrevista à Super Rádio Tupi, Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, ressaltou que o objetivo da ação é salvar vidas.

Para Cristiane, essa é a única forma de conter o avanço do novo coronavírus.

A partir de segunda-feira (11), a Prefeitura de Niterói vai adotar medidas mais duras que proíbem a circulação e que preveem multa de R$ 180 para quem estiver na rua por algum motivo que não seja considerado essencial. O prefeito Rodrigo Neves evitou usar o termo lockdown para se referir às medidas.

Lockdown é uma expressão em inglês que, na tradução literal, significa confinamento ou fechamento total.

Embora não tenha uma definição única, o lockdown é, na prática, a medida mais radical imposta por governos para que haja distanciamento social.

A pneumologista da Fiocruz, Margareth Dalcomo, também reforça a necessidade do fechamento total no Rio.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, esteve hoje com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, no hospital de campanha do Riocentro, Zona Oeste do Rio.

Crivella foi questionado sobre a possibilidade de adotar lockdown na cidade.

O repórter Lucas Araújo esteve no encontro entre Teich e Crivella, e traz outras informações.