Maio Laranja: Combatendo a exploração e abuso sexual infantil no Brasil

Inesperadamente, quase que de uma hora pra outra, uma criança, que ia bem na escola, passa a ter dificuldades, ou fica mais retraída sem querer sair de casa para brincar com os amigos. Se é pequena, volta a usar fralda, chupeta e até mamadeira ou sente medo ao chegar próximo de algum parente. Esses são indícios claros de que a criança pode estar sofrendo algum tipo de violência ou abuso sexual.

O abuso sexual, infelizmente, é muito comum no Brasil. Por isso, foi criado o Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil, celebrado hoje. O maio laranja, nome dado à campanha, é uma iniciativa que tem como objetivo dar visibilidade ao assunto.

De acordo com dados do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, a cada hora, três crianças são abusadas no Brasil. Cerca de cinquenta e um por cento têm entre 1 e 5 anos de idade. O país ocupa o “assustador” segundo lugar no ranking mundial, com cerca de meio milhão de vítimas a cada ano.

Nesta quinta-feira (18), um operador de telemarketing que armazenava conteúdos de pornografia infantil foi preso, em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Ele foi encontrado em casa durante a operação “Control+L”, da Polícia Civil. O repórter Lucas Araújo acompanhou o caso desde as primeiras horas da manhã.

No Rio de Janeiro, a Fundação para a Infância e Adolescência é o principal órgão do Poder Executivo. A missão é colaborar na formação de políticas públicas de garantia de direitos na área da infância e adolescência. Danielle Gimenez, gerente do programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência ressaltou os principais sinais desse tipo de crime.

Danielle Gimenez também faz um alerta aos pais sobre o perigo do uso excessivo de aparelhos eletrônicos e da internet pelas crianças e adolescentes.

Mas o que fazer diante de um cenário de violência sexual contra uma criança ou adolescente? A psicóloga e professora da PUC Rio, Sandra Salomão, ressalta que o tratamento não deve ficar restrito à vítima.

O principal canal de denúncia para este tipo de crime é o Disque 100 ou pelo WhatsApp no número (061) 99.656.5008. A Polícia Civil e o Conselho Tutelar de também podem ser acionados.