Messi exigiu camarote, voo privado e multa rescisória simbólica para renovar com o Barcelona em 2020

Um ano após deixar o Barcelona, o atacante Lionel Messi voltou a figurar entre os assuntos comentados do noticiário da Espanha. O  jornal espanhol “El Mundo del Siglo XXI” divulgou informações até então desconhecidas sobre as exigências do argentino na última negociação de renovação contratual com o Barcelona. Os documentos vazados estão ligados à investigação que apura sobre supostos crimes administrativos da gestão de Josep Maria Bartomeu.

Segundo a publicação, Messi exigiu as seguintes condições em 2020 para seguir no Barcelona: camarote no Camp Nou para sua família e a do atacante uruguaio Luís Suárez; 10 milhões de euros de luvas na renovação; recuperação da perda salarial aceitada provocada pela pandemia de Covid-19; voo privado para a Argentina no Natal; e uma multa de rescisão contratual de 10 mil euros, valor irrisório para os padrões do futebol europeu.

Na época, o presidente Bartomeu só não aceitou o valor da multa rescisória, que permaneceria em 700 milhões de euros. Apesar do acordo encaminhado, o Barça não conseguiu segurar Messi por conta das exigências administrativas da LaLiga relacionadas ao aspecto financeiro.

Em nota, o Barcelona criticou o vazamento dos termos da negociação:

“Em relação às informações publicadas hoje no “El Mundo del Siglo XXI” sob o título ‘Barça Leaks, os arquivos secretos do clube parte 1’, o FC Barcelona manifesta a sua indignação pelo vazamento intencional de informações que fazem parte de um processo legal. O clube lamenta que o meio em questão se gabe de ter ‘acesso a uma enorme quantidade de documentos e e-mails que fazem parte da investigação do Barçagate’, quando essa informação ainda não foi divulgada. Em todo caso, o artigo em causa torna públicos documentos que não têm a ver com o processo em curso e a sua utilização é uma afronta à reputação e confidencialidade do clube”, diz a nota do Barcelona, que promete tomar medidas legais contra o vazamento.