Capital Fluminense
MP denuncia Jairinho por tortura contra contra o filho de ex-namorada
Criança é filha da estudante Débora de Mello Saraiva, com quem Jairinho teve um relacionamentoO Ministério Público do Rio denunciou mais uma vez o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, pelo crime de tortura contra o filho da ex-namorada do parlamentar. Ainda segundo o MPRJ, a 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca também pediu a prisão preventiva do vereador.
A criança é filha da estudante Débora de Mello Saraiva, com quem Jairinho teve um relacionamento, antes de se casar com a professora, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto na madrugada do dia 8 de março, com mais de 20 lesões provocadas por ação violenta.
Segundo a nova denúncia do MP, no dia do crime, a criança estava no Barra Shopping com sua mãe e sua avó, Jane Mello Saraiva, quando Debora recebeu uma ligação de Jairinho, dizendo que iria a uma reunião num salão de festas na Barra da Tijuca e pedindo para levar a criança, pois no local havia brinquedos.
O vereador alegou, ainda, que sua ex-esposa Ana Carolina não tinha deixado que ele levasse o filho, e que por isso gostaria de levar o filho de Débora, que autorizou que Jairinho buscasse a criança no estacionamento do shopping. De acordo com o documento, no dia 9 de março de 2015, Jairinho submeteu a criança, então com dois anos de idade, a intenso e desnecessário sofrimento físico e mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
A denúncia do MP narra ainda outras torturas que Jairinho cometeu contra o filho de Débora, entre novembro de 2014 e junho de 2016, no apartamento em que ela morava no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O vereador foi denunciado anteriormente por crimes cometidos contra outras crianças.
Em maio de 2021, Jairinho foi denunciado junto com a ex-mulher, Monique Medeiros por homicídio triplamente qualificado contra o menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março. Em abril, já havia sido denunciado por torturar menina de quatro anos entre 2011 e 2012.