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Capital Fluminense

MPF investiga conduta de agentes que participaram de operação na Vila Cruzeiro

Ação conjunta entre Batalhão de Operações Especiais da PM e Polícia Rodoviária Federal resultou na morte de pelo menos 24 pessoas no Complexo da Penha

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Polícia Rodoviária Federal no Hospital Getúlio Vargas
Vila Cruzeiro (Foto: Reprodução)

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nessa terça-feira (24), um procedimento investigatório criminal para apurar as condutas, eventuais violações de direitos, as participações e responsabilidades individualizadas de agentes policiais federais durante operação conjunta com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, resultando na morte de pelo menos 24 pessoas.

Antes da operação, o MPF recebeu ofício da PRF dando ciência da realização da ação policial para eventual cumprimento de mandados de prisão e desarticulação de organização criminosa.

Diante dos fatos, o MPF requereu, em caráter de urgência, aos superintendentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, informações sobre o efetivo dos agentes que participaram da operação conjunta; a qualificação completa destes agentes, bem como cópia das respectivas fichas funcionais; o relatório final da operação, bem como informações detalhadas sobre o cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Regional Madureira, encaminhando o número da ação penal, do respectivo Inquérito Policial e cópia dos mandados de prisão expedidos; e o local da realização do briefing e cópia da ordem de serviço relacionada a operação policial.

“Em 11 de fevereiro deste ano, no mesmo lugar, houve oito vítimas fatais em operação com participação da PRF. O Brasil é signatário de tratados e acordos internacionais que nos obrigam a investigar e punir violações de direitos humanos. E 21 mortos, até agora, em menos de 3 meses, não podem ser investigados como se fossem simples saldo de operações policiais”, ressalta o titular do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro, procurador da República Eduardo Benones.

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