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MPF investiga supostas irregularidades na compra de “caveirões” pela PRF no Rio

Investigações preliminares revelaram indícios de fraude na documentação da licitação destinada à aquisição dos veículos blindados

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O Ministério Público Federal instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar possíveis irregularidades no processo de licitação e na aquisição de veículos blindados pela Polícia Rodoviária Federal, no Estado do Rio.

Segundo a instituição, as investigações começaram em maio deste ano, quando o MPF encontrou diversos “caveirões” na sede da Superintendência da PRF que não estavam sendo utilizados, por suposta inadequação técnica.

Diante disso, foram apuradas possíveis anormalidades sobre a aquisição dos veículos. Entre elas, estão inconsistências na justificativa apresentada pela PRF para aquisição das viaturas blindadas, já que o processo licitatório realizado em 2020 foi classificado como ‘urgente’, mas sem fundamentação, segundo o MPF.

Também existe a suspeita da existência de um conflito de interesses na confecção do Atestado de Capacidade Técnica apresentado pela empresa Combat Armor, vencedora da licitação. O documento, que é requisito indispensável para verificar a adequação dos veículos fornecidos, foi emitido por uma sociedade empresária controlada pelo presidente da própria Combat Armor, aparentemente sem cumprir a exigência do edital sobre a segurança no uso dos blindados.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, do Governo Federal, teria detectado movimentações consideradas atípicas nas contas da Combat Armor e do então diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal no período em que foram realizados os processos licitatórios.

O procurador da República, Eduardo Benones, responsável pelas investigações, requisitou à Corregedoria Nacional da PRF documentos e informações sobre as licitações em que a Combat Armor venceru no Brasil. O material deverá passar por perícia da Assessoria Nacional de Perícia em Contabilidade e Economia.

Os integrantes da comissão de licitação das compras suspeitas, bem como os representantes das empresas participantes serão intimados para serem ouvidos na Procuradoria da República do estado.

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