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Rio

MPRJ cobra investigação sobre operação que deixou 22 mortos no Complexo da Penha

Uma vítima era uma moradora, que foi atingida por uma bala perdida atingida dentro de casa

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vila cruzeiro
MPRJ cobra investigação sobre operação que deixou mais de 20 mortos no Complexo da Penha (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Rio solicitou que a Segunda Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada instaure um inquérito para apurar as circunstâncias das mortes de 22 pessoas, durante operação policial realizada no Complexo da Penha, na madrugada desta terça-feira (24).

A ação contou com agentes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar , e das Polícias Federal e Rodoviária Federal. O MP pede ainda que o comando do Bope envie, em um prazo máximo de dez dias, o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação, ouvindo todos os policiais militares envolvidos e indicando os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais.

Segundo a polícia, ao menos 12 eram suspeitos de integrar o tráfico de drogas. Uma vítima era uma moradora, que foi atingida por uma bala perdida atingida dentro de casa. Os outros ainda não foram identificados.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que até o momento, 28 pessoas foram encaminhadas ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, desde a manhã desta terça-feira (24). Desse total,  segundo a SES, 21 morreram. Os corpos estão sendo encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).

A SES informou ainda que os familiares foram acolhidos pela equipe médica, pela direção da unidade e pela equipe de Humanização da Secretaria de Estado de Saúde. Toda assistência está sendo prestada pelo hospital.

Ainda não há um balanço final das vítimas.

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e a Ouvidoria da Defensoria Pública do Rio informaram que estiveram hoje no Complexo da Penha acompanhando uma operação policial da PM, PF e PRF que, até agora, já resultou em 22 pessoas mortas.  Outras duas mortes são informadas pela comunidade local.

Até o momento, se está apurando a legalidade da operação e a proporcionalidade do uso da força. A alta letalidade da operação levanta suspeita de que uma chacina possa ter sido cometida. O eventual envolvimento de algumas vítimas com o crime não autoriza, por si só, o homicídio por agentes do Estado.

 

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