A garçonete Társila Almeida, de 21 anos, estava trabalhando no Bar do Mané, um estabelecimento na Praia do Flamengo, na Zona Sul do Rio, na tarde de ontem quando foi chamada por uma cliente de “macaca suja”. A cliente, que foi identificada como Lívia Coelho, de 39 anos, comparou a cor da pele da garçonete com o saco de lixo do bar e disse que ela não deveria trabalhar no local.
“Sua macaca, sua cor é suja, sua cor é um nojo”, disse Lívia, de acordo com depoimento de Társila. Minutos depois, as agressões físicas começaram. Lívia Coelho, que estava em uma das mesas bebendo, se levantou e começou a puxar as tranças de Társila. A mulher chegou a arrancar parte do cabelo da garçonete.
Társila, que está grávida, disse que não tem noção do motivo das agressões e que nunca havia visto Lívia antes do dia do crime. A criminosa já esteve no restaurante outras vezes, mas a garçonete nunca ficou responsável pelo atendimento da mesa dela. Em depoimento, ela disse que se sentiu “profundamente humilhada”.
O caso foi registrado na 9ª DP (Catete) como injúria por preconceito, com pena máxima de cinco anos. A presa já possuía anotações criminais pelos crimes de desacato e três lesões corporais.
Lívia se negou a prestar depoimento. A mãe dela, Silvia Regina de Oliveira, disse que a filha possui transtorno afetivo bipolar e faz uso contínuo de medicamento psiquiátrico. Ela ainda afirmou que a filha não possui qualquer preconceito, já que o namora um homem preto.
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