PM prende administrativamente policiais que faziam escolta de preso que fugiu de hospital na Zona Norte

Dois policiais militares do 16º BPM (Olaria) foram presos administrativamente após um detento, que estava sob custódia há cerca de um mês algemado, fugir do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio, no final da madrugada de terça-feira.

Matheus Araújo de Oliveira, de 20 anos, conseguiu descer de um dos andares da hospital usando uma corda. No momento da fuga ao menos quatro policiais militares estavam no local e não perceberam que o suspeito desapareceu.

Os dois, que tinham a responsabilidade de vigiar Matheus, disseram que ele teria pedido para ir ao banheiro e sumiu sem ser notado. O preso estava recebendo cuidados médicos na enfermaria da unidade médica desde o último dia 19 de setembro, após trocar tiros com policiais militares na Comunidade da Tinta em Cordovil, na Zona Norte.

De acordo com a Polícia Militar, os dois policiais afirmaram que o preso era revistado com frequência e que não recebia visitas, pois não estavam autorizadas pela Justiça do Rio, e que desconheciam que ele possuía uma corda. A Corregedoria Interna da corporação abriu um inquérito para apurar a conduta dos dois militares.

Eis a íntegra da Nota Oficial da PMERJ :

“Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que na madrugada desta terça-feira (16), policiais militares do 16° BPM (Olaria) que estavam de serviço no Hospital Estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, foram comunicados sobre a fuga de um paciente, que estava sob custódia dos policiais na unidade de saúde da Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o comando da unidade, no momento da fuga, o detento alegou que precisava ir ao banheiro e, por razão do seu quadro de saúde, o mesmo não estava acompanhado dos militares escalados para o serviço de escolta. O preso conseguiu fugir utilizando uma das janelas do hospital. Os militares responsáveis pela custódia do paciente foram autuados e se apresentaram na unidade prisional da Polícia Militar. A Corregedoria da Corporação acompanha o caso”.