Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) concluíram, nesta sexta-feira (12), o inquérito sobre o crime de estupro, em uma boate na Lapa, Região Central do Rio de Janeiro.
Foi comunicado através de nota oficial, o encerramento das investigações após 11 dias, em que testemunhas foram ouvidas e imagens e laudos técnicos foram analisados. O exame de corpo de delito confirmou ato libidinoso e outras provas apontaram que houve apenas um autor do crime.
Desta forma, descartando o crime de estupro coletivo, o relatório foi enviado ao Ministério Público, com o indiciamento de apenas um homem pelo crime de estupro de vulnerável. A autoridade policial representou pela prisão do autor.
Nota Oficial emitida pela Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj):
Ressalta-se que a vítima foi atendida pela Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em seu papel institucional, por via da sala Lilás, que atende no telefone 0800-282-0119 e de segunda a sexta, das 10h às 17h presencialmente na ALERJ. A referida sala tem o intuito de fornecer atendimento qualificado às mulheres vítimas de diversas formas de violência por uma equipe multiprofissional, o que, justamente, ocorreu na situação.
Nesse sentido, continuaremos acompanhando os desdobramentos do caso e aguardando tanto a conclusão do Ministério Público e do Juízo criminal como eventuais providências que a vítima queira tomar. Permaneceremos incansáveis na luta pela segurança e pela concretização dos direitos das mulheres.
Além da nota oficial, a deputada Renata Souza (PSOL), conversou com a reportagem da Super Rádio Tupi sobre o caso:
“Importante dizer que esse não é um caso isolado. Dados da rede de observatórios de segurança demonstram que entre 2020 e 2023 no Rio de Janeiro, os casos de estupros cresceram 134% em 2022 conforme dados do Instituto de Segurança Pública. Foram 4.907 casos que demonstram a necessidade de ações concretas sobre o ponto de vista de três aspectos um deles é o papel do poder público no atendimento às vítimas. E neste caso, foi importante o trabalho da comissão de defesa dos direitos da mulher na Alerj com o trabalho da sala lilás”, declara.
A deputada também afirmou estar fazendo uma inserção numa lei já existente, para que tenham protocolos mais esclarecidos para todos os estabelecimentos que tenham mulheres e que em determinado momento elas possam estar numa situação de violência.
Posicionamento da Boate Portal Club:
Gostaríamos de expressar nossa enorme gratidão pelo empenho da DEAM (Delegacia de Atendimento a Mulher) em concluir esse inquérito em 11 dias. Assim que tivemos conhecimento do ocorrido, prestamos todo o apoio à vítima, encaminhando-a à sala da gerência, onde recebeu o suporte necessário. É importante ressaltar que o Portal Club é conhecido e sempre será conhecido como uma casa segura onde todas as pessoas podem ser livres para serem o que quiserem ser.
Desde o início, nós, do Portal Club Rio, NUNCA DUVIDAMOS que a justiça seria feita e que o verdadeiro culpado seria indiciado. Jamais omitimos, omitiremos ou omitiríamos socorro a qualquer pessoa. Comprometimento é, e sempre será o bem-estar de todos os nossos clientes que queiram se sentir livres e seguros em um ambiente de diversão.
Relembre o caso:
Uma turista estrangeira, de 25 anos, recorreu à Comissão dos Direitos da Mulher da Alerj, para denunciar ter sido vítima de estupro, na boate Portal Club, na Lapa, no Centro da Cidade.
A jovem contou que estava com uma amiga e quis aproveitar o último dia na cidade do Rio. Ao chegar na boate ela conheceu um rapaz e foram para um espaço mais reservado da boate, conhecido como “dark room”, onde foi estuprada.
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