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Capital Fluminense

Policial militar que matou morador no Sampaio está preso

Reginaldo Porto foi atingido por um tiro de fuzil disparado pela arma do agente

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Reginaldo Porto foi morto com um tiro de fuzil disparado por um PM
Reginaldo Porto foi morto com um tiro de fuzil disparado por um PM - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Reginaldo Avelar Porto, de 38 anos, foi morto com um tiro de fuzil disparado por um policial militar, na Avenida Marechal Rondon, no bairro do Sampaio, na Zona Norte do Rio, no final da manhã desta segunda-feira (06). Segundo a PM, o tiro foi um acidente. O agente ficará preso até a audiência de custódia.

De acordo com a família, Reginaldo Porto, além de cuidar de uma idosa, trabalhava em um lava jato da região e tentou separar uma briga entre mototaxistas. Uma equipe de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São João chegou no local para ajudar a controlar o tumulto. Reginaldo e um policial tentavam separar a confusão entre dois homens quando um disparo de fuzil foi feito. O tiro acertou o peito de Reginaldo.

Perícia Militar esteve no local para dar início às investigações – Foto: Tatiana Campbell/Super Rádio Tupi

O morador foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas chegou na unidade já sem vida. Diversas manifestações aconteceram ao longo da manhã e tarde desta segunda-feira. O clima ficou bem tenso no início da tarde.

A irmã de Rogério Porto, Rogéria Avelar, questionou a ação da Polícia Militar. Ela disse ainda que todos da comunidade do Quieto conheciam o morador.

“Ele tomava conta de uma senhora de idade, mas na hora trabalhava no lava-jato. Eu estava em casa quando recebi a notícia. Eles [policiais militares] chegaram e deram um tiro de fuzil no meu irmão, sem ele ter feito nada, nada. Toda semana matam um preto. Não dão tiro para assustar, dão para matar. Alguma coisa tem que ser feita”.

Familiares e amigos de Reginaldo Avelar pedem por “justiça” após morte de morador – Foto: Tatiana Campbell/Super Rádio Tupi

A Coordenadoria de Polícia Pacificadora e a Comissão de Direitos Humanos da OAB acompanham o caso. A 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar investiga a morte do morador. Segundo a Polícia Civil, inicialmente o caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Na manhã desta terça-feira (07) familiares de Reginaldo estiveram no Instituto Médico Legal para fazer a liberação do corpo. Parentes voltaram a pedir por “justiça” e alegar que o tiro não foi acidental.

Reginaldo Porto, 38, deixa um filho de 13 anos – Foto: Arquivo Pessoal

“Vamos fazer essa apuração, esse atendimento com a família. A investigação cabe à Polícia Civil e a gente espera que a polícia investigue a fundo, que a família tenha respostas. A gente espera mesmo que esse seja um caso que a resposta seja dada. É impossível que a gente continue tendo um estado que mate pessoas por questões banais, em situações banais todo dia”, disse Vanessa Figueiredo Lima, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

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