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Projeto do SUS reduz mortalidade materna em 37%

Quando observados apenas os fatores que causam mais mortes das mães durante o parte, o índice é ainda maior: 58%.

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surto de influenza grávidas
Considerando apenas os casos de hemorragia, houve redução de 86%

Um projeto em 19 maternidades do Sistema Único de Saúde reduziu a mortalidade materna em 37%.

Na iniciativa foram desenvolvidas ações de melhoria nos procedimentos médicos com foco nos três principais motivos para a morte de gestantes que são: hipertensão, hemorragia e infecção.

O projeto é coordenado pelo Hospital Albert Einstein com apoio do programa MSD para Mães, da farmacêutica Merck.

Quando observados apenas os fatores que causam mais mortes das mães durante o parte, o índice é ainda maior: 58%.

O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna foi celebrado neste sábado (28).

Segundo o estudo, com base nos dados do projeto, nos casos de mortes causadas por infecção generalizada das mulheres que acabaram de dar a luz, foi registrada queda de 73%.

Considerando apenas os casos de hemorragia, houve redução de 86%.

A iniciativa utiliza uma metodologia chamada ciência da melhoria.

“A gente faz uma análise de como funciona hoje o atendimento de uma gestante que está sob um risco, com base nesta análise de fluxo, a gente consegue atuar sobre os pontos em que há um risco maior. Testamos as mudanças junto com eles [a equipe]”, explica Romulo Negrini, coordenador médico da obstetrícia do Einstein. São feitos, então, testes em pequenas escalas e, a partir da análise dos resultados, são estabelecidos novos processos.

Dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, mostram que a cada 100 mil nascimentos registrados, 107 mulheres morrem por causas relacionadas à gestação e ao parto. “Hoje, a gente chama esse projeto de ‘Todas as mães importam’, porque nós não queremos perder nenhuma mãe. A gente reconhece que 92% das mortes maternas são evitáveis”, aponta Negrini.

A fase piloto do Projeto de Redução de Mortalidade Materna foi feita no Hospital Agamenon Magalhães, em Recife. Depois, a iniciativa foi ampliada para 19 hospitais públicos, distribuídos em sete estados: além de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Rondônia. Da fase atual, iniciada em agosto de 2021 na Bahia, participam cinco maternidades de Salvador, uma de Feira de Santana e nove unidades de atenção primária também em Salvador.

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