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Eliminatórias para a Copa do Mundo

Rodrygo elogia Fernando Diniz e manda recado para Ancelotti: “não gosto de atuar como camisa 9”

Jovem assume papel de protagonista, se coloca à disposição para atuar em várias funções e defende Neymar

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Rodrygo
Foto: Vitor Silva/CBF

Titular absoluto da Seleção Brasileira nos últimos meses, o meia-atacante Rodrygo assume, cada vez mais, um papel de protagonista, se portando como uma das referências da Seleção Brasileira. Neste sábado, durante entrevista coletiva, o atleta falou abertamente sobre os primeiros contatos com o técnico Fernando Diniz e elogiou o treinador.

“Muito feliz por estar fazendo parte desse novo ciclo, minha família toda é fã do Diniz, ele trabalhou em Osasco, todo mundo acompanhou ele, faz parte história da minha família. Me enxergo com mais pressão, cada vez tendo mais responsabilidade, é uma pressão boa, saber que esperam algo de você, contam com você. É assim que me enxergo no novo ciclo, espero corresponder a altura” – disse o jogador do Real Madrid, da Espanha.

Desde o ano passado, ainda sob o comando de Tite, Rodrygo chegou a atuar em diversas funções e em praticamente todos setores do campo na parte ofensiva, algo que também se repetiu com Diniz, mais recentemente. Sobre este tema, ele se colocou à disposição para atuar onde for necessário e revelou não gostar de atuar como “camisa 9”, algo que tem feito desde a saída de Benzema.

“É sempre importante você conseguir fazer muitas funções, sempre deixei claro essa facilidade que tenho para jogar nas pontas, só não gosto de jogar de 9, no clube estou tendo que fazer. Aqui na Seleção, posso cair por todos os lados do campo, isso tem ajudado meu jogo, é importante fazer todas, isso aumenta suas chances de não ser substituído. É importante para mim” – revelou o camisa 11.

Rodrygo em ação contra a Venezuela. (Foto: Vitor Silva/CBF)

Apesar do “clima leve”, o meia não se escondeu quando o assunto foram as críticas e o episódio envolvendo Neymar, atingido por um saco de pipocas durante a saída de campo, após o empate contra a Venezuela. O jovem saiu em defesa do companheiro e foi além.

“Dentro de campo, tudo o que ele já ofereceu, não muda nada ele ter 31 anos ou não. Ele continua com a mesma qualidade de sempre, sendo nosso principal jogador. Por mais que sempre falem mal dele, a gente que convive de perto sabe que ele é totalmente diferente dessa imagem que algumas pessoas têm dele. Eu fico triste de ver certos comentários, ele me ajuda muito. Às vezes estou no meu clube e ele lá da Arábia manda mensagem para mim, isso ajuda muito. Em campo não tem nem o que falar, se perder ou empatar, a maior responsabilidade é dele. Mas se ganha, fica nítido que ele é nosso melhor jogador” – destacou.

“Como vocês sabem, é uma pressão grande, mas a gente lida de uma forma tranquila, porque está acostumado. Vestimos a camisa da maior seleção do mundo, mas também jogamos nos maiores clubes do mundo, lá tem pressão quarta e domingo. Esse episódio do Neymar é um caso isolado, um torcedor que não representa o restante da torcida, recebemos carinho” – completou.

Rodrygo, Vini Jr e Neymar
Rodrygo, Vini Jr e Neymar após treinamento da Seleção Brasileira. (Foto: Vitor Silva/CBF)

Confira outros temas da entrevista de Rodrygo:

Jogo contra a Venezuela

“O mesmo papo de sempre, queremos sempre vencer, todo mundo sério, infelizmente num lance bobo que não sabemos explicar tomamos o gol. Poderíamos ter feito melhor, matado o jogo ainda no primeiro tempo. Nossa conversa é de sempre melhorar, não deixar isso acontecer, mas tem que ter respeito com a Venezuela.”

Movimentação

“Sempre requer tempo porque você tem que entrosar com o time, são novas funções. O Diniz deixou claro que quer que eu esteja sempre perto da bola, perto do Neymar para tabelar. O principal de tudo é jogar onde vai ter espaço, muitas vezes não vai ter por dentro, vou ter que ficar aberto. E quando aberto estiver ruim, é para ir para dentro, movimentar. A explicação é essa, jogar onde tem espaço.”

Críticas

“De fora para dentro, não pesa muito, é uma distorção, a gente fica p… da vida. Tem jogos que não jogou bem e acabou ganhando. Tem jogo que vai bem e toma empate. O futebol é uma coisa que não tem explicação, mas todo mundo sabe o que tem que fazer, tem a cabeça boa. A gente não se conforma com isso e não quer que isso volte a acontecer. É dominar e matar o jogo, não dominar e dar brecha para o adversário empatar com um gol de bicicleta.”

Ansiedade para marcar

“Isso passa com todos os atacantes, ficar um tempinho sem fazer gol é ruim. Mas acaba sendo uma distorção, o zagueiro faz gol em bola parada, mas a gente teve chance e não fez. É trabalhar para os gols voltarem a sair, os atacantes marcarem, tivemos chances para fazer gols. Dá ansiedade, isso acaba atrapalhando.”

Postura do Uruguai

“Aberta nenhuma seleção no mundo vai jogar contra a gente. Acredito que eles vão pressionar, jogar como o jogo pedir. Eles têm uma seleção boa, que está se renovando agora, tem bons nomes jogando no mundo todo. Temos que tomar cuidado, minimizar os erros e ser mortal, isso será fundamental para vencer o jogo.”

O Brasil enfrentará o Uruguai na próxima terça-feira, às 21h, no Estádio Centenário, em Montevidéu, pela 4ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Com sete pontos, a seleção ocupa a segunda colocação.

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