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Educação

Saiba como escolher a melhor escola para os filhos

Especialista dá algumas dicas para os responsáveis tomarem a melhor decisão

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Foto Destaque: Divulgação

No início do ano, muitas dúvidas costumam assombrar os pais que ainda não escolheram a primeira escola para os filhos ou que precisam, por algum motivo, trocar as crianças de instituição.

É melhor apostar em uma escola com ótimas referências, mas longe de casa, ou em uma não tão recomendada, mas na esquina? É preciso investir naquelas que tenham sala de informática ou não é necessário? Os resultados do Enem devem ser levados em conta? As perguntas são muitas, mas a resposta é complicada, pois não existe escola ideal. O que todos os pais podem fazer é procurar a que reúna maior quantidade de características positivas.

É preciso ficar atento a vários fatores. Um dos primeiros é saber se o espaço físico é seguro, mas, ao mesmo tempo, se permite o desenvolvimento das crianças. Uma ideia é visitar a escola em diferentes horários, até mesmo na hora do recreio, para ver como as crianças se comportam, se têm espaço adequado para brincar e profissionais suficientes para orientá-las.

Outro cuidado é saber se, nos casos em que a tecnologia é bastante empregada, se há equilíbrio com outras atividades e espaço para a convivência com os outros alunos para que os relacionamentos não sejam prioritariamente virtuais.

A questão da distância de casa também tem que ser levada em consideração: se for longe, a criança poderá ir sozinha? Os pais terão um gasto extra em transporte ou terão que interromper suas atividades para levá-las? São dúvidas que impactam no dia a dia e devem ser avaliadas.

Os pais também precisam ter em mente, na hora de escolher uma escola, que não basta que o estabelecimento ensine matemática, geografia e as outras disciplinas. Afinal, as escolas precisam estar preparadas também para formar alunos para a vida. Por isso, as que têm foco na educação socioemocional, que desenvolvem habilidades como pensamento crítico e comunicação, saem na frente.

“Espaço físico, política pedagógica, tudo isso é importante, mas é necessário ir além e olhar o todo. Como é trabalhada a questão socioemocional dentro da unidade? O aluno tem um espaço de fala e escuta seguro sempre ou isso é apenas pontual? É preciso observar como eles são tratados desde a entrada na unidade, e como são tratados os profissionais. Um corpo docente bem tratado, por exemplo, tende a tratar e acolher bem o aluno. São observações importantes para uma tomada de decisão”, enfatiza Joana London, diretora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida (LIV), programa de educação socioemocional presente em mais de 600 escolas do país.

Joana também ressalta que uma equipe escolar diversa é fundamental, pensando tanto na perspectiva racial, quanto de pessoas com deficiência, gêneros e etc. Mas é importante que essa diversidade também esteja posta em outros espaços da escola, a preocupação deve ser até com os títulos oferecidos na biblioteca, por exemplo. “A diversidade deve fazer parte do DNA da escola. Isso acaba sendo um antídoto contra violências”, pondera a especialista.

Por fim, ao escolher a escola do filho, os pais precisam também saber se o espaço permite a participação ativa das famílias. Uma boa ideia também é pegar referências com amigos que já têm filhos matriculados e estão satisfeitos. Indague e veja se o retorno está de acordo com o que você espera.

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