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Transporte aéreo levou quase a metade dos órgãos doados no RJ em 2023

A cada dez doações de órgãos no Rio de Janeiro, em 2023, quatro tiveram a ajuda de helicópteros. Um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde mostra que, de janeiro a agosto, a Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) foi acionada 111 vezes para apoiar as equipes do RJ Transplantes. O número representa 42% das 263 doações de órgãos registradas no mesmo período. Para muitos pacientes à espera de um órgão, os voos são a única chance. No caso do coração, por exemplo, as equipes têm no máximo quatro horas para retirá-lo do doador e fazê-lo bater novamente no peito do paciente transplantado.

“Fomos o primeiro estado do Brasil a ter um helicóptero dedicado a esse tipo de transporte. No ano que vem, receberemos uma segunda aeronave, para que possamos salvar ainda mais vidas”, destaca a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello. Quando é preciso transportar mais de um órgão ao mesmo tempo, outros helicópteros do Estado são acionados, como os das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros.

“Estamos sempre de prontidão. Assim que recebemos um chamado, se necessário, podemos levantar voo em menos de cinco minutos. Sem o helicóptero, seria impossível realizar alguns transplantes. Seja porque doador e receptor estão em locais distantes entre si, ou por causa do trânsito na região metropolitana. É um trabalho muito gratificante!”, diz o coronel Rodrigo Medina, superintendente de Operações Aéreas da Secretaria de Saúde.

Mais de 500 transplantes

O sim de uma família à doação de órgãos pode salvar oito vidas. Por isso, dependendo das compatibilidades, o número de transplantes costuma ser maior do que o de doações. Nos oito primeiros meses do ano, 534 pacientes receberam uma nova chance de vida no Rio de Janeiro. O rim foi o órgão mais transplantado, com 306 procedimentos, seguido por fígado (195), coração (20) e pulmão (4).

Para que a doação seja possível, é necessária a constatação da morte cerebral do paciente. O procedimento é atestado por diferentes equipes para confirmar a ausência de atividade cerebral. A família é então consultada a respeito da doação de órgãos. São os parentes mais próximos que tomam a decisão. Por isso, é importante conversar sobre o assunto com os familiares e manifestar o desejo de doar os órgãos, em caso de falecimento.

“A morte encefálica é uma condição irreversível. Temos equipes especializadas no diagnóstico e no atendimento às famílias. Tanto para confirmar a condição do paciente, quanto para acolher os parentes nesse momento tão difícil”, afirma o médico cardiologista Alexandre Cauduro, coordenador do RJ Transplantes.

Novo recorde

De janeiro a agosto deste ano já foram feitas 856 notificações, sendo 361 transplantes de córnea, 20 transplantes de coração, 195 de fígado, 306 de rim e 4 de pulmão. Além desses, obtiveram também sucesso os seguintes procedimentos, em modalidade dupla ou tripla: 3 transplantes coração+rim, 2 de figado+rim, 3 de rim+pâncreas e 1 multivisceral com fígado, pâncreas e intestino para o mesmo receptor. Uma única doação pode levar à captação de mais de um órgão.

Os bons números fortalecem a atuação do programa estadual, que deve superar o recorde de doação de órgãos e transplantes alcançado em 2022. Os números foram os maiores da série histórica, iniciada em 2010, quando o programa foi criado. Após o recuo por conta da pandemia de Covid-19 em 2021, ocorreram, em 2022, 1.152 notificações de possíveis doadores, 349 doações e 2.650 transplantes.

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