Tremor em prédio comercial causa pânico no Centro do Rio

Funcionários e inquilinos do prédio comercial Bartolomeu de Gusmão, localizado no número 55 da Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio, viveram momentos de tensão nesta segunda-feira (12). Por volta de 11h40, quem estava no edifício sentiu um tremor que durou apenas alguns segundos, mas o suficiente para instaurar o medo da estrutura ceder.

A psicóloga Bianca Tomelim estava no décimo segundo andar no momento do tremor e relatou, em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, o que sentiu na hora. “Eu estava com um paciente, no meio de uma consulta, quando a gente sentiu o tremor na sala. Imediatamente fiquei nervosa, até porque é a segunda vez. A gente teve um prédio aqui perto que caiu não faz muito tempo, então foi uma situação bem tensa”, declarou.

Técnicos da Defesa Civil foram acionados e, após realizarem uma vistoria, descartaram o risco de queda. Em conversa com a imprensa, o síndico Michel Chamovitz, responsável pela administração do prédio Bartolomeu de Gusmão, contou que a causa dessa sensação de tremor foi o elevador do edifício garagem localizado ao lado, no número 51.

“Os engenheiros indicaram que é o seguinte: esse elevador quando sobe ele treme. Como é parede com parede, aí dá uma sensação de tremor do lado de lá. O que eles tem que fazer? O edifício garagem tem que resolver esse tipo de máquina do elevador como eles quiserem. O que o nosso prédio resolveu fazer agora é verificar com a parte jurídica como a gente consegue uma medida judicial para que esse elevador só volte a funcionar depois que tenha a certeza que vai subir e não vai trepidar mais a plataforma”, afirmou o síndico do Bartolomeu de Gusmão.

Assim como funcionários e inquilinos, Michel Chamovitz relatou que estes tremores provocados pelo elevador da garagem vizinha já aconteceram outras vezes. “Não é a primeira vez que acontece. É quase uma vez por mês. A gente manda vir ver, então funciona bem. É só interditar o elevador ou vir uma empresa e colocar ele para funcionar sem trepidar”, apontou.

Ainda de acordo com o síndico, por conta das situações anteriores, ocorreram algumas tentativas de contanto com os representantes do edifício garagem para tentar solucionar a situação. “Tentamos alguns contatos, fizemos ligação, oferecemos até de ver uma outra empresa para solucionar o problema do elevador. Como era muito brando o tremor, eles falaram que iriam resolver e até chamaram uma equipe para fazer a manutenção. Eles estão trabalhando, só não conseguiram atingir o objetivo ainda”, disse Michel.

Após o susto desta segunda-feira, uma reunião deve ser realizada ainda nesta semana entre representantes do prédio comercial Bartolomeu de Gusmão e do edifício garagem localizado ao lado.