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Brasil

UFRJ apresenta resultado de projeto para tornar mais atraentes produtos com indicação geográfica

Esse projeto, pioneiro no país, foi patrocinado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO)

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Foto Destaque: Divulgação

A cachaça de Paraty e os queijos da Serra da Canastra já ganharam fama e, agora, outros produtos brasileiros com o selo de indicação geográfica buscam o mesmo destaque.

Para ajudar pequenos produtores gastronômicos, como os que fabricam socol, um embutido que só existe em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, a Inova UFRJ, órgão responsável pela política de inovação da Universidade, escalou um time de 24 alunos. Eles visitaram cinco regiões do país e criaram novas identidades visuais para a iguaria suína.

O açafrão de Mata Rosa, em Goiás, o café das Matas de Minas, e o guaraná de Maués, no Amazonas, também foram contemplados. A moda também não ficou de fora: a renda feita com agulhas de lacê, exclusivas de Divina Pastora, em Sergipe, ganhou sacolas, etiquetas e selos personalizados, com novas cores, tipografias e desenhos.

Para Leandro Carnielli, produtor de socol, não há dúvidas de que a iniciativa trará muitos ganhos, inclusive para a região de Venda Nova do Imigrante, também conhecida como a capital nacional do agroturismo. “O produto é muito gostoso, é uma carne boa, mas vamos ser sinceros, é feio. A a embalagem que ajuda na venda”, brincou.

Os estudantes optaram por valorizar na nova identidade visual elementos que têm relação com a região, como as montanhas que permitem a maturação do embutido, que foi desenhado pendurado, como acontece no dia a dia da região.

O projeto, pioneiro no país, foi patrocinado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO), com o apoio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que ajudou com a mobilização dos produtores e na formulação técnica dos projetos, e o apoio do Parque Tecnológico da UFRJ e do Japan Patent Office.

A Inova atuou com todo o suporte de informação e estrutura para proteção intelectual das descobertas e inovações criadas no projeto. Coordenador do projeto, o professor Clorisval Pereira, da Escola de Belas Artes da UFRJ, exaltou a parceria entre o ensino público e o setor produtivo e destacou o trabalho da Inova em auxiliar na proteção e certificação dos trabalhos desenvolvidos.

“Nosso processo foi centrado no humano, para o produtor e para o usuário. O saber científico impacta e transforma a sociedade, muda sua realidade e a inovação também gera novos significados”, disse.

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