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Vítimas de intolerância religiosa em Duque de Caxias irão depor na tarde desta terça

Motorista de aplicativo que cometeu o crime ainda não foi identificado

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Família com roupa de candomblé denuncia motorista de aplicativo por preconceito religioso (Foto: Divulgação)
Família com roupa de candomblé denuncia motorista de aplicativo por preconceito religioso (Foto: Divulgação)

Apesar da Uber ter informado que bloqueou o motorista de aplicativo, denunciado por intolerância religiosa no último domingo (30/04) ao recusar o transporte de uma família que usava roupas típicas do Candomblé, a delegada Rita Salim, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) , informou a nossa reportagem que o motorista de aplicativo ainda não foi identificado.

As vítimas irão prestar depoimento hoje às 14h na especializada.

Taís Fraga, uma das vítimas, desabafou e espera que o homem seja identificado o mais rápido possível.

“Espero que o motorista responda pelo que ele fez, pois é inadmissível nos dias de hoje passarmos por tamanho preconceito e constrangimento”, disse Taís.

Se indiciado, o homem pode pegar de 2 a 5 anos de prisão .

Entenda o caso

Uma câmera de segurança flagrou o momento em que uma família tentou pegar um carro da empresa Uber, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na tarde deste domingo (30), mas foi impedida pelo motorista.

O homem, aceitou a corrida, mas quando chegou ao local e viu a Taís a sogra e as duas filhas com roupas de santo se recusou a prestar o serviço.

Taís então pediu que o motorista cancelasse a corrida, visto que ele havia desistido do serviço. Segundo ela, o homem respondeu com grosseria, dizendo para ela “se virar com a Uber” e arrancou com o carro.

“Foi muito constrangedor. Eu perguntei porque ele não queria levar a gente e ele repetiu que a gente não poderia embarcar no carro dele”, afirmou Taís.

No momento em que o homem acelerou, Pietra, uma das filhas de Taís, estava com o pé dentro do veículo. Depois da confusão, outro motorista aceitou a corrida da família, mas a criança ficou com medo de entrar no carro e sofrer preconceito novamente.

O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias) e agora é investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

Em nota, a Uber informou que a conta do motorista foi temporariamente desativada. A empresa ainda afirmou que não tolera qualquer forma de discriminação e que encoraja a denúncia tanto pelo próprio aplicativo quanto às autoridades competentes. A Uber se colocou à disposição para colaborar com as investigações.

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