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Capital Fluminense

Jaé estará em pleno funcionamento em 2024, afirma secretária

Atualmente, os validadores do Jaé estão em funcionamento apenas nas estações do BRT, mas segundo a secretária já estão sendo instalados nos VLT, ônibus, vans e cabritinhos

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Afirmação foi feita pela secretária em debate na Câmara de Vereadores (imagem: divulgação)

O Jaé, novo sistema de bilhetagem eletrônica nos transportes do Rio funcionará em todos os modais sob gestão da prefeitura já no início de 2024. Foi o que afirmou a Secretária Municipal de Transportes, Maína Celidônio, nesta quarta-feira, na Câmara de Vereadores.

Atualmente, os validadores do Jaé estão em funcionamento apenas nas estações do BRT, mas segundo a secretária já estão sendo instalados nos VLT, ônibus, vans e cabritinhos. A previsão é que o processo seja concluído em janeiro.

“O Jaé traz grandes vantagens uma para usuário, como um sistema com muito mais pontos físicos de venda, um aplicativo mais amigável, ou seja, um serviço muito melhor. Além disso, o seu saldo não expira. Já para o município, o Jaé representa uma mudança na forma de planejar e fazer política pública”, destacou. Segundo a secretária, o município terá dados em tempo real dos passageiros, além de transparência sobre toda a receita do sistema.

A bilhetagem digital foi homologada pela prefeitura em novembro de 2022. A licitação foi vencida pelo Consórcio Bilhete Digital pelo valor de R$ 110 milhões. O contrato é válido por 12 anos.

O Vice-presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara do Rio, vereador Alexandre Isquierdo (União) enfatizou que, desde a CPI dos Ônibus em 2017, o parlamento carioca vem se debruçando sobre a questão do sistema de transportes da cidade. 

“A Câmara Municipal foi protagonista deste processo é fundamental para que a gente esteja hoje aqui discutindo o Jaé. E quando a gente pensa sobre este novo sistema, estamos falando de mobilidade e transparência. A nossa função agora é estar fiscalizando e acompanhando todo este contrato que foi feito de licitação. Todos estes pontos foram discutidos aqui na Casa com audiências públicas, diversas reuniões. Entendemos que esta é a melhor opção, é o caminho”, apontou Isquierdo. 

Para Clarisse Cunha Linke, Diretora-executiva do ITDP Brasil, o Jaé soluciona um dos mais graves problemas que o sistema de transportes anterior apresentava: o conflito de interesses. “Este é um momento de transição. Ainda não dá para fazer a avaliação do sistema atual. Mas é importante resgatar um pouco do que a gente tinha até hoje. Tínhamos uma concentração de mercado. As mesmas empresas faziam a gestão da arrecadação e revisão da remuneração. Isso obviamente cria um problema do ponto de vista da prestação de serviço e da transparência. Não havia clareza sobre dados, números de passageiros pagantes. Agora, o município está abrindo um caminho fundamental”, ressaltou Linke. 

Doutor em Engenharia de transportes pela Coppe/UFRJ, Marcelo Sucena sublinhou que a partir deste novo modelo será possível aprimorar as políticas públicas voltadas não só para os modais sob gestão da prefeitura. “Este sistema vai dar à prefeitura as condições de mexer no planejamento operacional dos meios de transporte na cidade e distribuir melhor a demanda na malha. Aqui podemos incluir metrô, trem e barcas”, acrescentou. 

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