Suspeitos de envolvimento na morte de congolês são presos; vítima foi espancada com tacos de madeira

A Polícia Civil prendeu os três suspeitos de matarem o congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a vítima é atingida brutalmente por tacos de madeira até a morte. O crime aconteceu em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na noite do dia 24 de janeiro. Um dos envolvidos se entregou e os outros dois foram localizados pelos agentes da Delegacia de Homicídios.

“Foram inúmeras agressões, uma brutalidade absurdamente desproporcional. Mesmo se verificando que, em um dado momento, no final das agressões, se busca uma tentativa de reanimar a vítima, isso não apaga a brutalidade das ações que foram realizadas anteriormente”, destacou o delegado Henrique Damasceno

Os autores respondem por homicídio duplamente qualificado. A prefeitura do Rio informou que suspendeu a licença do alvará de funcionamento do quiosque até que sejam apuradas as responsabilidades sobre a morte do congolês.

“Tendo em vista que o crime ocorreu nas imediações dos quiosques alcançados pelo contrato de concessão firmado entre o município do Rio e a Orla Rio, a prefeitura informa também que notificou a concessionária para que garanta a restrição temporária de funcionamento dos estabelecimentos. Os quiosques já foram notificados na tarde desta terça-feira (01)”, informou a prefeitura.

O prefeito Eduardo Paes, recebeu a família de Moïse Kabamgabe e pediu desculpas em nome da população. “Todos nós estamos indignados com o que aconteceu. Estamos do lado de vocês. Este não é um retrato do povo brasileiro. A Prefeitura do Rio não vai poupar esforços para auxiliá-los no que precisarem. Vamos apoiar vocês para que se faça justiça e esse crime não passe impune”, disse.

Através das redes sociais, o governador Cláudio Castro garantiu que a Secretaria de Assistência à Vítima dará apoio aos parentes. “O assassinato do congolês Moïse Kabagambe não ficará impune”, reforçou.

Em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, agradeceu o trabalho da Polícia Civil. A expectativa é de que parentes da vítima, espancada até a morte, sejam ouvidos, nesta quarta-feira (03), na Delegacia de Homicídios